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Tão bom quanto o Hubble

João Steiner Olançamento do telescópio orbital Chandra, em julho passado, foi um passo importante para a Astronomia. Em vez de luz visível, ele capta raios X. Muitos corpos celestes, como os buracos negros e as grandes explosões de estrelas chamadas de novas e de supernovas, emitem esse tipo de radiação. Eles só podem ser estudados […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h36 - Publicado em 30 set 1999, 22h00
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  • João Steiner

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    Olançamento do telescópio orbital Chandra, em julho passado, foi um passo importante para a Astronomia. Em vez de luz visível, ele capta raios X. Muitos corpos celestes, como os buracos negros e as grandes explosões de estrelas chamadas de novas e de supernovas, emitem esse tipo de radiação. Eles só podem ser estudados se seus raios forem observados aqui da Terra.

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    Com uma qualidade de imagens sem precedentes, o Chandra vai coletar dados astronômicos tão espetaculares quanto os do telescópio espacial Hubble, que capta a luz visível. É bom lembrar que tanto a luz quanto os raios X representam energia eletromagnética propagando-se na forma de ondas pelo espaço. A única diferença entre eles está no comprimento das ondas, sendo as dos raios X mais curtas que as de luz (veja o infográfico acima).

    Em 1981, quando eu trabalhava no Centro para Astrofísica Harvard Smithsonian, nos Estados Unidos, tive a chance de participar da concepção científica do Chandra. Por coincidência, a sala em frente à minha era ocupada pelo astrofísico indiano Subrhamanyan Chandrasekhar (1910-1995). Ele recebeu o Prêmio Nobel póstumo, em 1997, por ter estudado as detonações do tipo das novas. Foi por seu trabalho nesse campo que o nome Chandra foi dado ao novo e sofisticado telescópio. Trata-se de uma homenagem justa a um dos maiores cientistas deste século.

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    Astrônomo e astrofísico da Universidade de São Paulo (USP)

    universo@abril.com.br

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    Brilhos que os olhos não vêem

    Além da luz, os astros emitem ondas de radiação de diferentes comprimentos que a vista não capta. A nuvem de gás e poeira Cassiopéia A, recém-fotografada, emite quatro tipos de raios.

    Rádio

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    Elétrons dentro da nuvem geram força magnética que desvia outros elétrons. Eles emitem ondas de rádio, que são energia eletromagnética. Elas são longas porque a energia é pouca.

    Infravermelho

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    Parte da nuvem está entre 100 e 1 000 graus Celsius. Com isso, os elétrons contidos nos átomos da poeira criam raios infravermelhos. São ondas eletromagnéticas mais curtas que as de rádio e com mais energia que elas.

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    Luz

    Onde a temperatura supera 1 000 graus Celsius, os elétrons ficam muito agitados, colidem com núcleos atômicos e espalham luz que os olhos podem ver. Essas ondas, bem curtas, carregam muita energia eletromagnética.

    Raios X

    Regiões aquecidas acima de 1 milhão de graus Celsius contêm elétrons ultravelozes. Eles bombardeiam núcleos com violência e produzem feixes de raios X. As ondas têm comprimento ínfimo e altíssima energia.

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