Maurício Svartman
Tudo depende de você ter em casa um desktop ou laptop
Se você já tem um laptop e o dinheiro não está vazando do bolso para comprar os dois, escolha o smartphone. Não só a maioria dos aplicativos são pensados para ele, como também é mais conveniente para quem está acostumado a andar com o celular no bolso e não pensa em carregar uma bolsa ou mochila por todo canto. Para quem já usa laptop, o tablet não é a prioridade. Mas se seu único computador é um desktop, ele vira um companheiro incrível. A tela grande e de toque faz do tablet o suporte ideal para consumir informação – vídeos, revistas, livros e sites – com as vantagens de poder levar para qualquer lugar e de sua bateria durar 10 horas. Só não tente trabalhar num tablet – digitar textos mais longos numa tela de toque é tortura.
Como tanto aplicativo grátis faz dinheiro?
Não existe fórmula mágica: a propaganda é a alma do negócio.
A principal fonte de renda dos desenvolvedores de apps gratuitos são os banners de publicidade, de empresas como iAds e AdMob. Se você tem um app de US$ 0,99, por exemplo, pode lançar uma versão light grátis e, com anúncios, faturar de US$ 0,10 a US$ 0,70 por download. Quando Angry Birds atingiu 30 milhões de downloads, seu desenvolvedor, Rovio, faturava 1 milhão de dólares por mês só com a versão gratuita em função dos 65 milhões de minutos que seus usuários passavam jogando. Ou pode manter sua criação livre de publicidade, esperar acumular alguns milhões de usuários e vender a marca para uma empresa bilionária.
Na app store existem 425 000 aplicativos para iphone e 100 000 aplicativos para iPad.
Quanto se paga para criar um aplicativo?
Mais do que o salário mensal de muita gente. Aproveita que não falta oferta de trabalho!
Primeiro, os custos básicos. O Android SDK (Software Development Kit, ou kit de desenvolvimento de softwares) é gratuito, assim como os tutoriais mais básicos da plataforma. Mas o Google cobra taxa única de 25 dólares para quem quer se registrar como desenvolvedor Android e subir apps para o Android Market. Já para os desenvolvedores de aplicativos para iOS, a Apple cobra uma taxa de 99 dólares por ano – pelo iPhone SDK e outros recursos necessários. E ambos cobram 30% em cima do preço de venda. Uma pesquisa (Appolicious, 2010) com 96 apps mostrou que o custo médio de um aplicativo pequeno nos EUA ficava entre 3 mil e 8 mil dólares, subindo para até 150 mil com marcas grandes. Boa parte disto se deve ao preço médio cobrado por um desenvolvedor americano: 100 dólares por hora.
O android já tem 48% do mercado de smartphones contra 19% da Apple.
Não gostei da última atualização do meu aplicativo preferido. Como faço para voltar à anterior?
Sempre que você atualiza um app, o arquivo .ipa é jogado na lixeira. O procedimento a seguir só funciona caso você ainda não a tenha esvaziado.
1) Delete do aparelho e do iTunes o aplicativo que você não quer mais.
2) Mova o arquivo antigo da Lixeira para a Biblioteca do iTunes.
3) Sincronize.
Vale a pena eu comprar um GPS no celular?
Claro! Um dispositivo GPS dedicado pode ser mais caro do que um smartphone.
Peguemos como exemplo o mais renomado aplicativo de navegação: TomTom. O preço na App Store – 50 dólares – pode assustar, mas é bem menos que o aparelho GPS da marca holandesa, entre 280 e 800 reais. Uma vantagem do smartphone, além do preço, é a atualização constante dos mapas. E, como eles ficam armazenados no aparelho, não é preciso ter conexão de internet para navegar. O app não é interrompido com ligações – é possível atender no viva-voz – e, assim como no GPS convencional, as direções curva a curva são feitas via voz eletrônica. O que falta para os usuários brasileiros é a atualização das condições de trânsito, disponível nos EUA e na Europa. Para quem não se importa com preço, a TomTom vende um kit veicular para iPhone com receptor de GPS embutido (para melhorar o sinal), bluetooth, microfone e ventosa para afixar no vidro. Custa 500 reais.