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Transgênicos e Naturais – Carne geneticamente modificada

Você ainda vai comer animais clonados e transgênicos, é só uma questão de (pouco) tempo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00
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  • Tiago Cordeiro

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    Agora que os vegetais geneticamente modificados já são realidade, queiram ou não os críticos, chegou a vez da carne. Depois de uma década de experimentos, o mundo já tem cerca de 6 mil cabeças de gado clonado – e esse número vai aumentar rapidamente conforme o preço da técnica diminuir. Pesquisadores das Universidades Harvard, do Missouri e de Pittsburg desenvolveram em laboratório porcos que produzem o ômega 3, um ácido graxo essencial que auxilia na queda dos níveis de triglicerídeos e de colesterol ruim.

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    Mas, enquanto o gado e o porco clonados devem demorar ainda 5 anos para atingir escala comercial, peixes geneticamente modificados já estão prontos para ir à mesa. Desenvolvido pela empresa AquaBounty, de Massachusetts, EUA, o salmão transgênico (e clonado) cresce em até 18 meses, em vez de 3 anos, tem o dobro de carne e quase nada de gordura. Depois de anos de negociações, a empresa apresentou documentos que comprovam que o novo bicho não faria mal à saúde nem ao ambiente. Agora só falta a liberação da FDA – órgão do governo americano que controla alimentos e medicamentos no país. Ela deve sair até o fim do ano; nesse caso, os consumidores americanos poderão encontrar o novo salmão a partir de 2012.


    SUPER-SALMÃO

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    • O bicho é parecido com um salmão do Atlântico.
    • Mas tem uma diferença essencial: um gene do crescimento vindo da espécie de salmão Chinook.
    • A mudança genética o faz continuar crescendo no inverno, ao contrário do que ocorre com sua espécie.
    • O crescimento acelerado aumenta o consumo de energia e, portanto, reduz o acúmulo de gordura.
    • Atingida a genética ideal, o bicho é reproduzido em cativeiro por clonagem.

    BOI CLONADO

    • A clonagem de gado é comum há 10 anos, com o mesmo processo usado na criação da ovelha Dolly: DNA de um superboi é enxertado em uma célula com o núcleo esvaziado.
    • Nos 3 casos conhecidos de venda, embriões de um animal americano foram enviados para Londres, onde foram replicados.
    • Aprovada pela vigilância sanitária inglesa, a carne foi vendida normalmente no país e na Bélgica.

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    BACON SAUDÁVEL

    • Pesquisadores buscaram nos vermes nematoides os genes responsáveis pela transformação do ômega 6 em ômega 3.
    • O grupo então enxertou os genes dos vermes em ratos.
    • Com resultados positivos, os mesmos genes foram aplicados em porcos.
    • Os porcos geneticamente modificados foram então clonados.
    • O projeto existe há 4 anos, mas a carne ainda não é comercializada.

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    CORANTES NATURAIS

    Desde julho deste ano, alimentos industrializados vendidos nos 27 países na União Europeia são obrigados a colocar, no rótulo, um alerta: “Este alimento pode causar hiperatividade e déficit de atenção em crianças”. O aviso já está presente em todos os produtos com os corantes artificiais E102, E104, E110, E122, E124 e E129, comuns em refrigerantes e salgadinhos, e identificados como prejudiciais numa pesquisa de 2007 da Universidade de Southampton, no Reino Unido.

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    Como colocar um texto destes no rótulo é um tremendo tiro no pé, a corrida da indústria alimentícia pelos conservantes naturais está agora mais acelerada do que nunca. Eles enfrentavam resistência antigamente, porque eram mais difíceis de obter e estragavam mais rápido. Mas tudo isso é passado, e alguns produtos inovadores já estão começando a chegar às prateleiras dos supermercados dos países desenvolvidos. Logo eles vão dominar também as gôndolas brasileiras.

    CASCA DE OVO
    Sabe qual a base do corante de muitos chicletes e chocolates drageados? Titânio. Para trocá-lo, a empresa dinamarquesa Chr. Hansen optou pelo carbonato de cálcio, que compõe 94% da casca de ovo de galinha.

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    MILHO ROXO
    Primeiro, a americana Suntaya criou um tipo híbrido do vegetal. Depois, extraiu dele um corante roxo avermelhado, que pode ser usado em salgadinhos, tortilhas e cereais. A inovação ganhou prêmios nos EUA.

    ALECRIM
    A francesa Naturex usou a planta para obter um extrato que realça a cor de alimentos cuja pigmentação natural se baseia nas antocianinas – responsáveis pelo vermelho, roxo e azul em flores, folhas e frutas escuras, do açaí à uva.

    NANO-EMBALAGENS
    De acordo com a consultoria alemã Helmut Kaiser, mais de 400 empresas de pesquisa no mundo pesquisam alimentos nanotecnológicos – até o fim do ano, serão investidos US$ 20 bilhões. Mas eles não devem chegar à mesa antes de 2020 (quando isso acontecer, o problema da falta de gosto nos alimentos com baixo teor de sódio vai estar definitivamente resolvido). Enquanto a nanotecnologia não chega à sua comida, ela já está nas embalagens. As “ativas” têm uma película de plástico com nanopartículas de barro dispersas que impedem que o oxigênio, o dióxido de carbono e a umidade entrem em contato com o alimento. Outras não barram nada, mas, assim que nanossensores identificam defeitos e contaminações, eles mudam a cor da embalagem para avisar o consumidor.

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    VEGETAIS PRODUZIDOS IN LOCO
    A cartilha da sustentabilidade aconselha comer alimentos produzidos à menor distância possível do consumo. E alguns restaurantes começam a interpretar isso de forma radical: uma lanchonete Subway de Tóquio mantém sua própria estufa, onde cultiva alfaces hidropônicas para rechear sanduíches – na verdade, 5% deles, neste primeiro estágio da experiência.

    A ong americana Window Farms quer que essa tendência pegue também entre moradores de apartamentos: quem não tem espaço para uma horta sempre tem uma janela. Instalando nela uma estrutura pronta, é possível plantar dezenas de tipos de vegetais, incluindo tomates e morangos. De quebra o apartamento ganha uma decoraçãozinha diferente. Por enquanto a moda está se difundindo por Nova York, mas não vai demorar para chegar a outras metrópoles.

    FRACAS!

    Gordura junk
    No fim do século 19, fábricas de alimentos passa­ram a acrescentar hidrogênio às moléculas de óleos vegetais para aumentar seu prazo de validade e deixar a consistência mais firme. Assim, a gordura hidrogenada virou um dos principais ingredientes da comida industrializada. Só que depois se descobriu que ela aumenta o colesterol ruim e diminui o bom.

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