Um smartphone com tela “não newtoniana”
Galaxy Z Fold 6 aposta em fluido com propriedades físicas inusitadas para aumentar a durabilidade da tela; veja como.
A Lei da Viscosidade, escrita em 1687 por Isaac Newton, diz que os fluidos têm viscosidade constante – que não muda se você aplicar pressão sobre eles. Mas há fluidos que se comportam de outra forma: eles ficam mais viscosos, e portanto mais resistentes, sob pressão.
São os chamados materiais não newtonianos – e a Samsung usa um deles na tela dobrável de seu novo smartphone, o Galaxy Z Fold 6 (R$ 12.420). A empresa se refere ao material, cuja composição não revela, como shear thickening fluid (“fluido de espessamento sob pressão”).
Ele é aplicado na fábrica, durante a produção do Z Fold, e fica entre a primeira e a terceira camadas da tela – que são, respectivamente, feitas de plástico e vidro flexível. Se a tela for pressionada de forma anormal, as partículas do fluido formam blocos mais densos [veja quadro acima], ajudando a evitar danos às outras camadas.
É uma solução tecnológica para aumentar a durabilidade da tela dobrável – que ainda desperta receio em parte dos usuários. Mesmo assim, a Samsung segue recomendando alguns cuidados, como não colocar o Z Fold no bolso junto com chaves, moedas ou cartões.