Ecoparade: uma intervenção urbana para ajudar você a cuidar do lixo
Ecobase de Ricardo AKN, no Parque Burle Marx, no Panamby Fotos: Igor Bonatto/Ecoparade
Quem passeou pelos parques de São Paulo nesse final de semana deve ter percebido algo diferente. Um pouco de arte em meio ao verde. Grafiteiros e artistas plásticos brasileiros confeccionaram pequenas casas que abrigam duas lixeiras – uma para vidro e outra para papel, plástico, metal e embalagens “longa vida” -, que foram espalhadas em oito espaços verdes da cidade, entre eles a Praça Buenos Aires, o Jardim da Luz e os parques Aclimação, Ibirapuera e Independência.
As 30 “casinhas” de lixo fazem parte da Ecoparade*, intervenção urbana que fica exposta até meados de setembro. A ideia é a de que o ato de descartar materiais recicláveis seja agradável ou, no mínimo, artisticamente enriquecedor. Você pode jogar fora uma garrafinha de água e ver os traços de artistas urbanos como Mundano, no Jardim da Luz, Ninguém Dorme, no Parque Mário Covas, ou Daniel Boleta, no Ibirapuera.
Ecobase do artista Sliks, que está na Praça Buenos Aires, em Higienópolis
Inspirada em lixeiras de um festival de jazz suíço, a Ecoparade tem entre seus curadores o artista brasileiro Rafael Highraff, com exposições em grandes galerias do mundo, e Olívio Guedes, diretor do Mube – Museu Brasileiro de Escultura. O movimento tem o apoio da Secretaria Verde e do Meio Ambiente. Nosso secretário, Eduardo Jorge, se mostrou entusiasmado com a iniciativa e seu potencial de educação da sociedade. Ele reconhece que São Paulo ainda deixa muito a desejar no quesito reciclagem – apenas 2% dos resíduos que produzimos são reciclados, acredita? Para reverter essa situação, temos que fazer nossa parte, primeiro, produzindo menos lixo e, segundo, cuidando melhor dele. E a arte pode ser um incentivo, não acha?
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