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O ônibus da morte

Governo chinês cria novo método para se livrar de condenados: a execução itinerante

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 5 fev 2011, 22h00

Cintia Bertolino

Tirando a sirene no teto, ele não tem nada de especial. É um micro-ônibus azul e branco, com janelas escurecidas e a palavra “polícia” discretamente pintada na porta. Mas, quando os presos o ouvem se aproximar, o fim está próximo: é um dos 40 ônibus da morte criados pelo governo chinês, que viajam pelo país executando os condenados à pena capital.

Quando chega a uma cidade, o ônibus vai direto para o presídio. Ele tem uma maca e acomodações para apenas 6 pessoas – o médico, o oficial de execução e os guardas. O prisioneiro é tirado da cela, amarrado à maca e recebe uma injeção com sódio tiopental (para que ele fique inconsciente), brometo de pancurônio e cloreto de potássio, substâncias que causam parada respiratória e cardíaca. A execução é transmitida ao vivo, por um circuito fechado de TV, para as autoridades locais. Se houver mais algum condenado para matar, repete-se o procedimento. Se não, é hora de cair na estrada.

Segundo o governo, os ônibus da morte são uma tentativa de humanizar o sistema de execuções na China (o número oficial não é divulgado, mas acredita-se que até 10 mil pessoas sejam executadas por ano). Antes da criação da frota, em 2004, a maioria dos condenados era morta a tiros. Isso porque a injeção letal, considerada um método de execução menos cruel, só estava disponível em Pequim – e nem todas as cidades podiam, ou queriam, pagar para que seus condenados viajassem até lá. “Eu tenho orgulho [do ônibus]. Ele é humano, como uma ambulância”, disse o criador dos veículos, Kang Zhongwen, ao jornal USA Today.

Mas ongs de defesa dos direitos humanos afirmam que o verdadeiro objetivo dos ônibus da morte é outro. Eles estariam sendo usados como pequenos centros cirúrgicos, onde os órgãos dos presos seriam retirados logo após a execução – e vendidos no mercado negro por autoridades chinesas. Mas é difícil provar essa acusação, pois o corpo dos condenados é cremado logo após a morte.

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