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O Twitter é melhor que a polícia em descobrir tumultos

Um estudo da britânica Universidade de Cardiff mostrou que a rede social nota confusões até uma hora antes que os policiais

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 jul 2017, 19h59 - Publicado em 4 jul 2017, 19h56

Você presencia uma confusão. Manifestações, quebradeira, bomba de gás, ônibus sendo pichado. Aí faz o óbvio: liga para a polícia, claro, mas depois. Antes, você fará algo que lhe parece muito mais urgente naquele momento – corre para as redes sociais. Essa é a conclusão de novo estudo da britânica Universidade de Cardiff. O Twitter fica sabendo de qualquer conflito antes da polícia.

Para afirmar sobre essa superioridade dos 140 caracteres, os pesquisadores analisaram centenas de milhares de postagens. Foram 1,6 milhão de tweets ligados por uma característica em comum: se referiam às manifestações que aconteceram em Londres durante 2011 (na época, os ingleses protestavam contra a morte de Mark Duggan – que reacendeu o debate sobre o racismo policial).

As publicações foram organizadas em grupos motivados por pontos de similaridade. Os pesquisadores desenvolveram algoritmos que conseguiam unir informações como localidade, hora, e teor das postagens, e os compilava de acordo com seus pontos em comum. 100 tweets falavam sobre uma mesma região no mesmo dia? Junte-os. 240 usuários resolveram descrever uma mesma manifestação? Eram postos em um mesmo montante. Ao fim da análise, o que se tinha era uma linha do tempo de praticamente todas as manifestações que aconteceram na época.

O próximo passo, então, foi estabelecer um cenário de corrida entre esses tweets e as ações policiais. O resultado foi vexatório. Quando comparados com a base de informações da polícia local, os tweets relatavam um fato até uma hora antes das autoridades sequer tomarem conhecimento do que estava acontecendo.

Quando as publicações online começavam, os tumultos já eram tumultos, mas ainda tinham uma proporção muito menor, que poderia ser contida com muito mais facilidade, economizando tempo, equipe e minimizando as chances de erros, como pessoas feridas por exemplo.

Claro que a fase inicial desses tumultos é mais difícil de detectar, mas o que o estudo crava é que isso é possível. A pesquisa aponta que com a programação certa, softwares conseguem sinalizar em quais pequenas situações vale a pena prestar mais atenção. O mecanismo empregado pelos cientistas, é um dos caminhos, por exemplo. “Nossa pesquisa gira em torno de níveis agregadores, então só quando há ‘barulho’ suficiente em torno de um evento, que ele é sinalizado pra gente”, afirma Pete Burnap, professor de Computação Social em Cardiff, e coautor do estudo. E não é como se esse fosse um cenário muito distante do que já existe nas delegacias mundo afora “Hoje a polícia tem os mesmos ou até mais itens para administrar essas situações; mas o orçamento está caindo”, completa. A culpa, pra variar, é da crise.

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