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Orkut!

O site de amizade, namoro e negócios já tem 700 mil fãs brasileiros - e outros milhares aderem à rede todos os dias. Por quê? O orkut é um fenômeno passageiro ou veio para ficar?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 ago 2004, 22h00

Marcos Nogueira

Quantos amigos você tem? Eu, por exemplo, tenho 125, mas nunca vi ou falei com vários deles. O Roohollah, de Teerã, coitado, não tem nenhum. Já o cantor Leo Jaime conhece tanta gente que precisou criar dois clones de si mesmo para administrar suas amizades.

O parágrafo acima é absurdo, realmente. Virtualmente, no entanto, milhões de pessoas se cadastraram em sites que desenham mapas de seus círculos de convivência. No Brasil, a mais popular dessas comunidades virtuais é, de longe, o orkut (com “o” minúsculo, mesmo). O internauta que digita https://www.orkut.com é saudado com a pergunta “Quem você conhece?” antes de fazer o login. Ele não é apenas forçado a quantificar seus amigos, como é induzido a classificá-los por grau de intimidade, declarar-se fã dos mais chegados e escrever-lhes testemunhos do tipo “te considero para caramba”. Muitas dessas informações são públicas. No orkut, todos os usuários têm acesso a dados pessoais dos outros e todo mundo sabe quem é amigo de quem. Privacidade definitivamente não é prioridade por lá.

Os “orkuteiros” não se importam. Com pouco mais de 7 meses de idade, o clube – só se entra no orkut com recomendação de outros sócios – já angariou 1 357 966 membros*. A onda varreu com força as areias brasileiras – aqui se concentram 51% dos habitantes desse universo, quase 700 mil pessoas. E a maré não pára de subir: a cada dia, o clube recebe milhares de novos membros. Uma olhadela a qualquer momento na página dos usuários mais recentes basta para atestar que quase todos eles vêm do Brasil.

Por aqui, orkut virou tema de animadas conversas de bar e corredores de empresas. Viciou adolescentes com tempo livre de sobra, mas também executivos que se desdobram para conciliar suas tarefas diárias com horas de bisbilhotice nas páginas de amigos e desconhecidos. Por que tanto sucesso? Por que justamente no Brasil?

O FENÔMENO

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Orkut Buyukkokten é o cara mais comum que se possa imaginar. Esse cidadão turco de 30 anos e 1,73 metro de altura joga boliche, aprecia danças de salão e tem um gosto musical que vai de Bach a Phil Collins. Ao se mudar para os Estados Unidos – onde fez doutorado em ciência da computação na Universidade Stanford – ganhou vários apelidos: O-Man, Orc, Big-O. Mas ele insistiu em seu nome inusitado para batizar o projeto que desenvolvera nos 20% da jornada de trabalho que o buscador Google libera para atividades paralelas de seus funcionários. Em janeiro deste ano, nascia o orkut.com.

Se você não conhece o site e pretende dar uma olhada, procure alguém que já esteja lá (ou veja na pág. 84 o quadro com os principais recursos). No orkut, só podem navegar aqueles que receberam convite. Tudo começou com o próprio Orkut Buyukkokten, que chamou seus amigos, que chamaram os amigos deles… Em tese, todos os integrantes da rede estão interligados, mas a cadeia pode ser quebrada quando alguém se retira do sistema ou exclui outrem de sua lista de amigos (veja o caso do Roohollah, de Teerã). Basicamente, o orkut é uma ferramenta para encontrar pessoas, seja pelo nome, seja por afinidades. Ao se inscrever, o internauta é convidado a preencher um perfil com dados pessoais e profissionais. Ninguém é obrigado a abrir toda sua intimidade – até mesmo Buyukkokten deixou em branco alguns campos, como “preferência sexual”.

Há também as chamadas comunidades, agrupamentos de pessoas que supostamente têm interesses comuns. Existem três tipos de comunidades: umas criadas para reatar amizades perdidas (ex-alunos, cidades, grupos de viagem), outras feitas para a discussão de tópicos (literatura, notícias, ecologia) e outras ainda que são somente como um complemento para o perfil do “orkuteiro”. Na terceira categoria se encaixam coisas como “Adoro Coca-Cola sem gás”, “Converso com meus sapatos” e até um fã-clube de um comercial feito em 1986 para o inseticida Super Timor, da Costa do Marfim (conheça outras comunidades estranhas na pág. 86). A maior comunidade de todas? Adivinhe: começa com “Bra” e termina com “sil”. São mais de 47 mil afiliados.

Nos primórdios, a maioria dos usuários do orkut morava nos Estados Unidos. A língua oficial era o inglês. Mas os brasileiros tomaram de assalto o sistema e impuseram o português nos fóruns de comunidades, mesmo daquelas fundadas por anglófonos. Houve um ensaio de reação hostil por parte dos americanos, porém eles aparentemente resolveram debandar. No dia 23 de julho, o Brasil superou os Estados Unidos em número de usuários. Hoje, a fatia do orkut que cabe aos americanos é pouco menor que 17%. O terceiro e o quarto lugar vão para Irã (5,7%) e Índia (3,1%).

Quando o gato sai, os ratos fazem a festa. “É assim que eu acho que os brasileiros encaram o orkut: uma grande festa, todos na base do ‘vamos lá, pode chamar todo mundo’”, diz o brasilianista Matthew Shirts, 32 amigos, diretor de redação da revista National Geographic Brasil. Os bicões saturaram o sistema, que ainda opera em versão “beta”, ou seja, experimental. A lentidão do orkut é notória e às vezes é impossível acessar o site. (Como agora. Vou tomar um café e já volto.)

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A precariedade do acesso só fez aumentar o tempo que alguns passam em frente ao computador. “Não consigo mais me concentrar no trabalho. Chego a passar quatro horas por dia navegando no orkut e tenho de repor serviço na madrugada”, afirma o projetista Fábio Jun, 357 amigos, viciado assumido na coisa. O potencial viciador não representa um perigo tão grande, na opinião do físico e educador Nelson Pretto, 23 amigos. “Mas, é claro, existem os alucinados que são levados a extremos”, diz ele, que é diretor da Faculdade de Educação da UFBA. Para inibir tais “alucinações”, certas empresas – entre elas a Rede Globo e a fábrica de móveis Giroflex – simplesmente proibiram seus funcionários de visitar o site.

Entre os que não têm restrições corporativas, a festa segue correndo solta. Os orkuteiros mais “profissionais” adicionam amigos às suas listas sem nenhum critério, numa espécie de corrida de popularidade. Um dos campeões é o cantor Leo Jaime, que nos anos 80 emplacou o hit “A Fórmula do Amor”. Para dar conta de seus 2 990 amigos, ele precisou criar três identidades paralelas no orkut – o Leo Jaime II, o Leo Jaime 3 e o Leo Jaime 4. “Quando me cadastrei, várias pessoas foram me adicionando. Em um mês já tinha mais de mil adesões. Hoje, por exemplo, passei uma hora aceitando novos amigos.”

Leo Jaime é um caso raro de celebridade autêntica nesse universo virtual. De quando em quando, surgem Lulas, Rodrigos Santoros e Sandys tão genuínos quanto um Nike de camelô, cedo ou tarde denunciados ao quartel-general na Califórnia e banidos do orkut. Mas a delinqüência no clube vai além da falsidade ideológica. O spam, maior praga dos e-mails, também chegou lá: dependendo do tamanho da comunidade, podem-se mandar mensagens para dezenas de milhares de pessoas ao mesmo tempo. Essas e outras chateações levaram a estudante de cinema Bianca Bueno, 312 amigos, a criar um grupo para discutir regras de boas maneiras específicas para os usuários do site (conheça suas dicas de etiqueta do orkut na pág. 85). “Além do orkut, participo de outras redes. Fiquei cansada de gente se comportando mal, então decidi pesquisar os trabalhos de especialistas em conduta na internet”, diz. Sua comunidade, chamada Orkutiqueta, já arregimentou 723 membros.

Existe algo mais que invasão de privacidade e chateação no orkut? O escritor e jornalista Marcelo Coelho, 207 amigos, acha que sim. “Muitas comunidades têm discussões interessantes e bastante especializadas”, afirma. Entre os grupos de que Marcelo faz parte, estão duas comunidades de pessoas que dizem ter medo da criança que imita a atriz Ana Paula Arósio em um comercial de TV. “As piadas são inteligentes”, diz ele. Mas o que interessa de fato ao escritor são os fóruns de filosofia e de arte. “Peguei uma discussão sobre a possibilidade de se estender o acorde ‘Tristão’, de Wagner, segundo regras habituais de contraponto que era coisa para especialista nenhum botar defeito.” Sim, orkut também é alta cultura.

A CHAVE DO SUCES

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O e-mail possibilitou às pessoas conectadas à internet trocar mensagens escritas que chegam quase imediatamente ao destinatário – mas nunca houve qualquer tipo de catálogo ou mecanismo de busca de endereços eletrônicos. Com os mensageiros instantâneos, como o ICQ e o MSN, surgiram mecanismos de busca e meios de verificar se o interlocutor está online no momento do envio. Blogs e fotologs encamparam esses recursos, além de servir como uma forma de expressão para internautas que desejam publicar material na web, como em um diário. As redes sociais, como o orkut, são a geração seguinte no relacionamento virtual.

O que torna essas redes tão fascinantes? Uma hipótese é o estreitamento do convívio (ainda que virtual) com pessoas conhecidas e a aquisição de novas amizades. “O orkut é quase um buscador como o Google, direcionado para encontrar velhos amigos e parentes. Existem pessoas que criaram comunidades para agregar familiares pelo mundo”, afirma o sociólogo Sergio Amadeu da Silveira, 652 amigos, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (Inti). Para a física e engenheira croata Lada Adamic, 44 amigos, tais sites são também uma grande ferramenta para manter relacionamentos de natureza diversa dos reais. “As pessoas podem se comunicar com quem compartilha seus interesses, além daquelas com quem sai para se divertir, como amigos próximos e colegas”, diz ela, que trabalha para o laboratório de dinâmica da informação da HP em Palo Alto, Estados Unidos.

O fator voyeur também fala alto. Invasão na privacidade dos outros é refresco. Navegando nas redes sociais, qualquer um pode saber quem é seu amigo, sondar de que música você gosta, descobrir seu botequim favorito. Não que a espionagem seja implicitamente condenável: “É interessante encontrar pessoas da idade da pedra e ver quem é amigo de quem”, diz Giselle Beiguelman, 117 amigos, professora de semiótica da PUC de São Paulo. Ela supõe também que o convite – das grandes redes sociais, o orkut é a única que faz essa exigência – seja um atrativo. “É um fetiche que dá um ar de exclusividade.”

A contemplação virtual da vida alheia às vezes se transforma em ação na vida real. A comunidade Filial, de um bar de São Paulo, promoveu uma festa no dia em que o número de membros ultrapassou os 200. Compareceram à reunião no boteco cerca de 50 pessoas. “Eu não conhecia muitas daquelas pessoas e fiquei amigo delas naquela noite”, diz o advogado Luis Fernando Almeida, 244 amigos. Comunidades de música são um instrumento eficaz de se trocarem arquivos em MP3 – sons que, no fim das contas, sairão de uma caixa real em uma casa real. Há, como não poderia deixar de ser, encontros sexuais. E até algum comércio tem sido feito, apesar de proibido pelos termos de adesão do orkut.

No Brasil, a onda orkut atingiu primeiro pessoas ligadas a círculos universitários e da indústria de comunicação e tecnologia – os tais formadores de opinião. “Nossa elite é superusuária de tecnologia”, diz Sergio Amadeu da Silveira, do Inti. “Dom Pedro II fez o primeiro teste do telefone e as elites já o estimularam a trazê-lo para cá. O brasileiro nunca teve dificuldade de assimilar inovações.” Ocorre que, nos Estados Unidos, mais de metade dos domicílios tem acesso à internet, contra pouco mais de 10% no Brasil. Há um punhado de sites como o orkut (veja box na pág. 83), a maioria freqüentada principalmente por americanos. Alguns são bem maiores – o Friendster tem 8 milhões de usuários.

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A possibilidade de os brasileiros terem expulsado os americanos não deve ser desprezada. “Suponho que eles acharam a festa brasileira no orkut barulhenta demais”, diz Matthew Shirts, californiano residente no país há 25 anos. Segundo ele, a objetividade do americano o faz buscar coisas específicas em lugares específicos – se quer finanças, procura sites de finanças; para sacanagem, sites de sacanagem. Os brasileiros fizeram do orkut um carnaval que os gringos não compreendem bem. “Além disso, a imposição da língua portuguesa os fez sentirem-se excluídos da festa”, diz.

Os brasileiros têm um apego incomum ao site de Buyukkokten. Mas a elite citada por Sergio Amadeu já começou a migrar do orkut – que agora recebe sua segunda onda de brasileiros – para outras redes de relacionamento virtual. Vejamos o que o futuro reserva.

O QUE O FUTURO RESERVA

Demolição

Por mais que tenha chegado com alarde e adesão maciça, o orkut encontra resistência, desconfiança e desprezo de boa parte da população. Assim como até hoje existem pessoas que não adquiriram celular para não serem encontradas em qualquer lugar, há quem não tolere o grau de invasão das redes sociais. “Nelas se revela a sociedade de controle. Você tem um mapa das minhas relações sociais, do que as pessoas acham de mim. É muito invasivo”, diz Giselle Beiguelman, da PUC-SP.

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Outra categoria de não-orkuteiros abriga aqueles que se cadastraram no site, procuraram algo interessante e não acharam – como um adolescente que tenta começar a fumar para imitar os amigos, mas não consegue. “Há uma dinâmica viciadora, de recompensas acenadas mas nunca totalmente oferecidas”, afirma Marcelo Coelho, que escreveu dois artigos sobre o orkut para o jornal Folha de S.Paulo. Como ocorre com drogas, muitos desistem antes de serem pegos pelo vício.

Se vários não querem entrar, outros tantos provavelmente vão sair. Matthew Shirts compara a febre orkut no Brasil com bares que lotam por um verão. “No começo, todo mundo quer entrar, mas isso dura pouco.” Assim como em casas da moda, os atrativos podem não compensar o congestionamento. “Os mais descolados já estão saindo. Agora chega quem pegou o bonde andando”, diz Shirts. A futurologia de Marcelo não acena o fim do orkut. O que ele prevê, entretanto, está longe de ser excitante: “Vai ser uma lista de endereços com fotos”.

Conspiração

Poucas pessoas lêem contratos com a atenção que deveriam antes de assinar. No orkut não é diferente. O termo de adesão afirma que a empresa (alojada no gigante Google) não distribuirá dados pessoais de seus usuários sem consultá-los. Mas também diz que todas as informações publicadas nas páginas do site são de propriedade do orkut, que tem o direito de mudar o próprio termo de adesão a seu bel-prazer. Isso deu origem a teorias conspiratórias que envolvem o Google, outras corporações e, em casos mais delirantes, o governo americano.

Essas teorias se baseiam na presunção de que o orkut – e o Google, por extensão – tem acesso a um cadastro gigantesco de potenciais consumidores. Esses indivíduos entregam voluntariamente suas preferências, contatos e rede de relacionamento. Que empresa não gostaria de ter um perfil tão detalhado assim de seu público?

“Eu aconselho a todos que publicam dados pessoais em qualquer lugar da web a tomar cuidado com as coisas que dizem – elas podem voltar para assombrá-los”, afirma o jornalista americano David Strom, 1 amigo, especialista em tecnologia da informação.

Embora seja remota a possibilidade de que o orkut venda os perfis de seus usuários, a estrutura do site já começou a despertar a atenção de marqueteiros. “A gente tem um bom banco de dados para trabalhar, resta saber aproveitar”, diz Eduardo Corch, 81 amigos, supervisor de marketing da Adidas. Os fãs da marca de material esportivo têm 17 comunidades no orkut, a maior delas com 6 405 membros. Se o orkut não é o Grande Irmão, ele pode vir a ser a geração seguinte à dos operadores de telemarketing que ligam para sua casa nos sábados de manhã.

Evolução

Onde alguns vêem conspiração, há quem enxergue um campo fértil para compreender melhor a sociedade. Lada Adamic, da HP, diz estar certa de que “se pode aprender muito sobre as redes sociais do mundo real com o estudo dessas comunidades virtuais”. Elas, na opinião da engenheira, são apenas um aperitivo do que está por vir.

As redes sociais – e o orkut, por tabela – estabeleceram uma forma de relacionamento em que o indivíduo se mantém em contato permanente com todo seu círculo de convívio: todos os dias, você abre seu computador e vê a foto de um amigo, que está vivo e bem. Não há, porém, necessidade de interação real com essas pessoas. Essa poderia ser a etapa mais recente de uma mudança nas relações humanas que começou com o e-mail. “É mais um passo na interação homem-máquina”, diz Giselle Beiguelman. “Assim como os homens estão se ‘maquinizando’, as máquinas estão se humanizando.”

Isso não significa um futuro garantido para o orkut. “A tendência é novas ferramentas surgirem”, afirma Sergio Amadeu. Se o orkut acabar amanhã, a evolução continua. “O que mudou os relacionamentos foi a internet”, afirma Don Tapscott, consultor de tecnologia em negócios. “Pela primeira vez na história, ela permite a comunicação de muitos para muitos. O orkut é só um exemplo das formas que essa comunicação pode assumir.” Se você acha que o orkut já deu o que tinha de dar, pegue a prancha e espere a próxima onda.

Para saber mais

Na Internet:

Orkut – https://www.orkut.com (é preciso convite)

Friendster – https://www.friendster.com

MySpace – https://www.myspace.com

Multiply – https://www.multiply.com

Outras redes

O orkut não está sozinho na web

MYSPACE

Pontos positivos: A navegação é fácil e bastante rápida. Para quem procura sexo, há bastante oferta. O mecanismo de busca de pessoas é um pouco mais refinado que o do orkut. Permite saber se os usuários estão online. Não exige convite

Pontos negativos: É recheado de anúncios animados. Para quem não está à procura de sexo, há oferta em excesso

MULTIPLY

Pontos positivos: O design da rede que mais conquista brasileiros migrantes do orkut é um primor de organização. Permite armazenar muitas fotos e criar diários virtuais. Não exige convite e é rápido

Pontos negativos: A página de abertura não tem aquela bagunça festiva do orkut, com todos os recursos na mesma tela. Não é adequado para quem procura novos amigos – segundo o próprio site, a prioridade vai para redes já estabelecidas

FRIENDSTER

Pontos positivos: Com mais de 8 milhões de usuários, concentra o maior número de pessoas entre as redes sociais. É mais rápido que o orkut. Um prato cheio para quem busca sexo. Não exige convite

Pontos negativos: Para quem está acostumado com o azul-calcinha do orkut, o design espartano do Friendster assusta. A navegação não é tão intuitiva. Também é cheio de anúncios. Não há comunidades nem bossas como fãs ou listas

Orkut para principiantes

Conheça osprincipais recursos dosite que virou mania

1. FOTO

Na sua página pessoal, o orkuteiro publica uma foto que pode ser trocada a qualquer momento. Mais 12 imagens podem ser armazenadas no álbum, que conta com um editor de legendas. O termo de adesão informa que é proibido publicar fotos de celebridades, nudez, pornografia e personagens de desenho animado. Essa regra, porém, é freqüentemente desrespeitada

2. PERFIS

O perfil social (à esquerda) mostra dados gerais do usuário, como idade, nacionalidade etc. O profissional (centro) é para históricos escolar e de carreira. O pessoal exibe características físicas e se presta à paquera virtual. Todos os campos, exceto país de origem, são de preenchimento opcional. O internauta escolhe quem pode ver os dados: só ele, seus amigos, amigos de amigos ou todo o orkut

3. AMIGOS

É preciso convite de um deles para se unir à turma. Uma vez logado, o usuário tem quatro maneiras de encontrar amigos: por nome, por dados do perfil, por comunidades ou navegando em páginas de outros conhecidos. À pessoa adicionada como amiga, é enviado um convite que pode ser recusado sem que o remetente saiba. A página do usuário exibe o número de amigos e as fotos dos que acessaram mais recentemente o site

4. CARAS, CUBOS, CORAÇÕES

O usuário do orkut é estimulado a categorizar seus amigos por grau de intimidade. Também pode conferir-lhe qualidades por símbolos – caras sorridentes (“confiável”), cubos de gelo (“bacana”) e corações (“sexy”). Uma pessoa pode receber até três de cada símbolo, mas não vê que amigo a avaliou de que maneira

5. FÃS

Estrelinhas, no orkut, significam fãs. Para se tornar fã de alguém e avaliá-lo com caras, cubos e corações, é preciso clicar em “friends” e depois em “book” (boneco com lápis). O número de fãs de um usuário aparece na página de seu perfil social. Tornou-se costume declarar-se fã de todos os amigos – e esperar que eles lhe retribuam a gentileza

6. COMUNIDADES

São grupos de usuários com interesses comuns, com discussões e anúncios de eventos. Na comunidade Pizza, por exemplo, trocam-se receitas. É possível buscar comunidades pelo nome, por palavras contidas na descrição ou explorar um diretório que divide esses grupos por categorias. Qualquer um no orkut pode criar comunidades

7. TESTEMUNHOS

São depoimentos exibidos na página do perfil do usuário. Há ainda duas formas de comunicação. Os scraps (mensagens curtas públicas) são exibidos em uma página específica, chamada scrapbook. As mensagens pessoais também têm sua página, com recursos semelhantes a um serviço de e-mail. Sempre que chega mensagem nova, o internauta recebe uma notificação do orkut

8. CONFIGURAÇÕES

O link “settings” (clique em “home”) é um dos melhores amigos do orkuteiro. Ao acessar essa página, ele pode se livrar de uma sériede coisas chatas. Escolhe, por exemplo, se quer ou não receber mensagens (ou se aceita somente mensagens de amigos ou amigos de amigos). É aí também que o usuário decide onde vão chegar as notificações do orkut – no próprio site ou em seu e-mail

9. LISTAS

No lado direito da página de abertura (clique em “home”), há a opção “lists”. A “crush-list” é a mais famosa. Quando alguém acha outro usuário atraente, pode incluí-lo nessa lista. Ela é confidencial, mas quando duas pessoas se incluem mutuamente, o servidor envia mensagens para ambas. Para adicionar alguém à sua “crush-list”, é necessário que o outro tenha o perfil pessoal preenchido

10. AJUDA

Muitas das informações que você lê aqui foram obtidas no serviço de ajuda do orkut. É lá que o internauta tem acesso a ferramentas menos intuitivas. Pode-se aprender, por exemplo, a apagar testemunhos inconvenientes ou mesmo a “se suicidar” no orkut – desligar-se da rede e cuidar da vida. Dúvidas que não têm resposta nos tópicos da página podem ser enviadas por e-mail

Comporte-se!

Entenda a etiqueta peculiar do orkut

Novas amizades

Não é rude recusar estranhos como amigos no orkut. Se você ficar mal, envie uma mensagem à pessoa perguntando se ela conhece você e por que quer figurar na sua lista. Se não obtiver resposta satisfatória, recuse sem dó

Testemunho, scrap, mensagem

Testemunhos servem para declarações de amizade. Os scraps devem conter mensagens mais impessoais. Scraps e testemunhos são públicos: assuntos particulares devem ser tratados em mensagens à pessoa

Onde respondo?

Scraps podem ser respondidos tanto na sua própria página quanto na página do remetente. O segundo tipo de resposta é o mais comum. É sempre simpático retribuir testemunhos

Posso apagar scraps?

Como numa secretária eletrônica, é aceitável limpar o livro de scraps de vez em quando. Mas respeite uma regra: apague todos ou nenhum. Se você for seletivo, vai melindrar aqueles que tiveram scraps apagados

Orkut no trabalho

Assim como não é prudente passar o expediente navegando pelo orkut, é recomendável tomar cuidado com a adesão a comunidades engraçadinhas. Seus colegas – e o chefe – podem estar espiando você

Festa estranha com gente esquisita

Há comunidades paratodos os gostos no orkut. Confiraalgumas das mais inusitadas

SALVEM O BIDET DA EXTINÇÃO

Perfil: para gente engajada em impedir que o bidê suma dos banheiros do Brasil

Membros: 56

Discussão memorável: usuários de bidês tentam chegar a uma conclusão sobre a eficiência da ducha higiênica na limpeza íntima

EU TENHO MEDO DA VÉIA(O) QUAKER!

Perfil: para pessoas que enxergam algo sobrenatural na figura de um pioneiro americano estampada em caixas de aveia

Membros: 203

Discussão memorável: alguém sugere que a tal figura é o Cid Moreira fantasiado de mulher

LAPTOP POR R$ 50

Perfil: para ingênuos metidos a espertalhões – gente que cairia no conto do laptop por 50 reais

Membros: 27

Discussão memorável: o caso de um rapaz que, no afã de se dar bem, quis comprar um laptop de 50 reais e foi roubado pelo “vendedor”

EU TENHO UM FÃ QUE NÃO CONHEÇO

Perfil: para gente que tem pelo menos uma pessoa desconhecida entre seus fãs no orkut

Membros: 51

Discussão memorável: rapaz conta sobre um testemunho que alguém escreveu para ele em farsi, idioma falado no Irã

EU RODO PALITO NO NARIZ

Perfil: para pessoas que rodam palitos de dente no nariz

Membros: 56

Discussão memorável: a importância de usar um palito de dente de qualidade superior para realizar o malabarismo

CAMARÃO

Perfil: para aqueles que carregam apelidos como “Camarão”, “Kameron”, “Camas” etc.

Membros: 0

Discussão memorável: nenhuma, o fórum está à espera dos Camarões

LINGÜIÇA CRUA

Perfil: nas palavras do fundador, “para os que curtem comer uma lasquinha de lingüiça crua aos domingos de manhã”

Membros: 15

Discussão memorável: torcedores falam da calabresa (crua) do estádio de Bragança Paulista

MEU CELULAR JÁ CAIU NA PRIVADA

Perfil: o nome diz tudo

Membros: 20

Discussão memorável: membros contam que, após recuperar o aparelho (imagina-se como), tiveram vergonha de levá-lo à oficina e secaram-no ao sol

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