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As amazonas guerreiras da lenda grega podem realmente ter existido

Escavação de túmulos no Azerbaijão encontrou novas evidências para a existência das famosas guerreiras gregas

Por Caio César Pereira
Atualizado em 25 mar 2024, 18h11 - Publicado em 25 mar 2024, 18h00

Uma das personagens mais famosas dos quadrinhos, compondo a trindade dos três personagens mais importantes da DC, a Mulher Maravilha foi baseada no mito das guerreiras gregas conhecidas como Amazonas. Porém, cada vez mais pesquisas vêm descobrindo evidências de que grupos de mulheres guerreiras na antiga Grécia estão mais próximas da realidade do que se acreditava.

De acordo com as lendas, as Amazonas eram guerreiras ferozes que viviam em uma nação própria à parte do mundo conhecido (nos quadrinhos da DC, elas vivem na ilha fictícia de Themyscira). Antes da Mulher Maravilha, as histórias sobre essas mulheres guerreiras foram contadas e registradas pelo famoso poeta grego Homero, na sua A Ilíada.

Nas histórias, Hércules teve que lutar contra essas guerreiras para obter o cinto mágico da rainha Amazona Hipólita em um dos seus 12 trabalhos. Já o famoso guerreiro e herói grego Aquiles, matou outra rainha, Pentesiléia, apenas para depois se apaixonar por ela quando retirou o capacete de seu rosto.

Embora as histórias contidas no poema A Ilíada de Homero sejam alvos de debates sobre a sua existência real ou não (como a guerra de Tróia, por exemplo), cada vez mais evidências vêm mostrando que mulheres guerreiras como as Amazonas podem realmente ter existido.

Em 2019, arqueólogos descobriram um túmulo com os restos mortais de quatro guerreiras enterradas com um estoque de pontas de flechas, lanças e equipamentos de montaria. O túmulo está localizado na região dos estepes no oeste da Rússia, e é onde as lendas gregas situavam as Amazonas.

Agora, uma equipe de arqueólogos encontrou outro túmulo na necrópole de Nakhchivan, no Azerbaijão. Os túmulos, de aproximadamente 4 mil anos, também continham mulheres enterradas com armas como pontas de flecha, um punhal de bronze e uma maça, além de joias.

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O arco está entre as principais armas usadas pelas guerreiras amazonas nas lendas, o que, junto com a descoberta de outros túmulos com as mesmas características, indica a possibilidade de existência dessas mulheres guerreiras.

“Isso mostra que há verdade por trás dos mitos e lendas da Grécia antiga. Uma civilização não é composta por um único túmulo. Se estamos falando de uma cultura que atravessa o Cáucaso e a Estepe, que é o que todos os antigos diziam, obviamente você precisa de outros restos”, disse a historiadora Bettany Hughes ao The Guardian.

 

 

A historiadora aponta ainda outras evidências encontradas nos restos mortais, como alterações nas articulações dos dedos e nos ossos da pelvis.

“Seus dedos estão deformados porque estão usando flechas demais. Mudanças nas articulações dos dedos não aconteceriam apenas pela caça. Isso é uma prática extensa e contínua. As pélvis das mulheres estão basicamente abertas porque estão montando cavalos. Os ossos são moldados apenas pelo estilo de vida delas.”

Como funcionava a sociedade das Amazonas ainda é algo a ser descoberto, mas a confirmação da existência de mulheres guerreiras na antiguidade grega está cada vez mais próxima.

Mais detalhes dessas descobertas serão revelados na série documental “Tesouros do Mundo de Bettany Hughes”, que irá ao ar no Channel 4, do Reino Unido, em abril.

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