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Nasa lança tour virtual 360º na orla de um buraco negro

Os vídeos simulam algo impossível: dar um rolê em volta de um buraco supermassivo – e atravessá-lo. Assista.

Por Caio César Pereira
Atualizado em 7 Maio 2024, 19h59 - Publicado em 7 Maio 2024, 19h57

Se após assistir a Interestelar (2014) você se pegou na vontade de saber como seria observar um buraco negro de “perto”, a Nasa resolveu esse problema para você. Bem, parte dele.

Em uma simulação criada por supercomputadores, a agência especial americana preparou um tour 360º de como seria dar um rolê pela orla de um buraco negro. Assista ao vídeo:

O vídeo passa pelo horizonte de eventos. Essa é fronteira teórica chamada de ponto de não retorno, onde nem a luz é capaz de escapar do poder gravitacional do buraco. 

E é justamente por isso que ver um buraco negro de tão perto seria impossível. A fronteira do horizonte de eventos é uma característica fundamental dos buracos negros, e onde os conceitos mais tradicionais da física, como o tempo e o espaço, simplesmente deixam de funcionar, num ponto conhecido como singularidade. A partir dali, ninguém sabe o que acontece ou o que existe além dessa fronteira.

Quanto maior a massa de um buraco negro, maior é o tamanho do seu horizonte de eventos. Isso porque ele gera um poder gravitacional maior, aumentando assim o tamanho do seu perímetro. Para um buraco cósmico que engole tudo, isso pode até ser indiferente, mas caso você acabe por cair em um, torça para que seja um dos grandes.

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Buracos negros menos massivos possuem uma diferença entre força gravitacional de objetos mais próximos da entrada do buraco do que da sua extremidade. Em outras palavras, se você acabar cair em pé dentro de um deles, a força gravitacional que puxa o seu pé será mais forte do que o que puxa sua cabeça.

Assim, a diferença gravitacional das duas extremidades fará com que você seja esticado, em um processo que os astrofísicos chamam de espaguetificação.

“Se você tiver escolha, vai querer cair em um buraco negro supermassivo. Buracos negros de massa estelar, que contêm até cerca de 30 massas solares, possuem horizontes de eventos muito menores e forças de maré mais fortes, que podem rasgar objetos que se aproximam antes de chegarem ao horizonte”, conta em comunicado a imprensa Jeremy Schnittman, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa em Maryland e desenvolvedor da simulação.

Mas, graças ao vídeo da Nasa, podemos pelo menos ter uma ideia de como seria chegar perto. Para criar a imagem do buraco negro, Schnittman e outros pesquisadores da NASA utilizaram o supercomputador Discover no Centro de Simulação do Clima da agência espacial. O projeto consumiu mais de 10 terabytes de dados.

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O tour é feito num buraco negro supermassivo, com aproximadamente 4,3 milhões de vezes a massa do Sol. A viagem começa com uma visão à distância do monstro, a 640 milhões de quilômetros, de onde já é possível enxergar o famoso disco de acreção (o anel luminoso de poeira e gás que fica em volta do buraco).

Aos poucos, a câmera vai se aproximando do buraco, com a luz e os outros elementos sendo distorcidos pela força da gravidade. Os pesquisadores criaram então dois vídeos diferentes: um em que a câmera só orbita o horizonte de eventos de um buraco negro e outro que ela cruza essa fronteira. Assista à segunda simulação:

No vídeo em que a câmera não chega a ultrapassar o horizonte de eventos, a viagem pela órbita pode ser uma boa alternativa para um rolezinho no final de semana. A câmera se aproxima do buraco, orbita rapidamente a orla do buraco, e depois volta para a “segurança” do espaço.

Mas quando a viagem ultrapassa os limites da fronteira, aí a viagem fica um pouco mais tensa. Se cruzasse a fronteira, a rapidez da destruição seria tanta que não daria sequer para tentar entender ou ver alguma coisa:”Uma vez que a câmera cruza o horizonte, sua destruição pela espaguetificação está a apenas 12,8 segundos de distância”, disse Schnittman. 

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