Qual raça de gato vive mais tempo? Pesquisa com 8 mil animais descobriu.
O estudo avaliou felinos domésticos que morreram entre 2019 e 2021 no Reino Unido. Confira a expectativa de vida de cada um deles – inclusive dos vira-latas
Mianmar (antiga Birmânia) é um país asiático que faz fronteira com a China, Índia e Tailândia. Além dos templos e construções suntuosas pelo país, tem outra coisa que os birmanes fazem bem: gatos. Os felinos das raças Sagrado da Birmânia e Birmanês são os que têm maior expectativa de vida, segundo um novo estudo publicado no Journal of Feline Medicine and Surgery.
A pesquisa avaliou 7.936 gatos que morreram entre janeiro de 2019 e março de 2021 no Reino Unido, em clínicas de cuidados primários. Com essas informações, os autores montaram tabelas que estimam quanto tempo o gato ainda tem de vida, dependendo da sua idade, raça e sexo.
A expectativa de vida média de um gatinho britânico é 11,7 anos. Já as raças Sagrado da Birmânia e Birmanês vivem 14,4 anos, em média. O felino com a menor expectativa de vida é o Sphynx, a popular raça de gato sem pelo. Ele vive em média 6,7 anos, devido a sua predisposição genética a doenças cardíacas e outras condições de saúde.
Segundo o PetCenso 2023, 98% dos gatos brasileiros não têm raça definida. Se esse for o seu caso, aqui vai um motivo para ficar feliz: o estudo mostrou que gatos cruzados vivem 1,5 anos a mais do que os de raça. Enquanto a expectativa de vida de um gato de raça foi 10,4 anos, os vira-latas viveram em média até 11,9 anos.
Depois dos vira-latas, a raça que vive mais é o Siamês (11,7 anos), seguido pelo Persa (10,9 anos), Ragdoll (10,3 anos), Norueguês da Floresta (9,9 anos), Maine Coon (9,7 anos), Azul Russo (9,6 anos), British Shorthair e Longhair (9,6 anos) e Gato-de-Bengala (8,5 anos).
Vale ressaltar que o número de gatos de cada raça avaliados no estudo varia. Mais de 7 mil felinos que participaram do estudo eram vira-latas, enquanto apenas 18 eram Sphynx, por exemplo. De toda forma, os pesquisadores acreditam que os dados podem ajudar veterinários e tutores a tomar decisões mais conscientes sobre a saúde dos bichanos.
Além disso, o estudo concluiu que gatos fêmeas vivem 1,3 anos a mais que os machos (12,5 anos em comparação a 11,2 anos). E os animais castrados têm 1,1 anos a mais de vida em comparação aos que não passaram pelo procedimento.
Os autores também destacam que os gatos que estão fora do peso ideal (tanto para mais quanto para menos) apresentam menor expectativa de vida. A cada 100g de desvio do peso ideal, o período de vida diminui 0,02 anos.