Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

Existe um nome específico para pessoas que se arrepiam ouvindo música?

Não há um nome para as pessoas que se arrepiam, mas há um nome para o arrepio em si: frisson. Entenda o que acontece no cérebro nessa hora.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 set 2024, 09h08 - Publicado em 25 Maio 2020, 12h50

Não há um nome para as pessoas que se arrepiam, mas há um nome para o arrepio em si: frisson. Além dos pelos eriçados, as pupilas dilatam e pode haver um formigamento na pele atrás do pescoço. Aproximadamente metade dos seres humanos têm o grau de sensibilidade à música necessário para alcançar um frisson, mas a porcentagem exata é incerta, pois nenhum estudo sobre avaliou um número de cobaias razoável (o mais famoso deles, publicado em 2019, empregou apenas 20 voluntários). 

O frisson dura no máximo alguns segundos e normalmente é descrito como uma onda ou pulso prazeroso que sobe da cintura em direção à nuca. Matthew Sachs, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia responsável pelo estudo de 2019, determinou por meio de ressonância magnética que pessoas suscetíveis a esses arrepios têm um número maior de conexões entre a região do cérebro que processa os sons (o córtex auditivo) e o córtex pré-frontal, que fica perto da testa e é responsável por tarefas mais complexas e subjetivas, dessas que só o Homo sapiens realiza – como interpretar o significado de uma música, neste caso. 

O bem-estar propiciado é resultado de como a música manipula nosso cérebro. O arrepio geralmente surge em resposta a um acontecimento musical inesperado: uma nota aguda sustentada por muito tempo, uma nota que termina uma melodia de maneira inconclusiva, sem resolvê-la, ou uma modulação – que é quando a música muda de tom, geralmente no último refrão, para forçar o vocalista a cantar ainda mais agudo, como no final de “My Heart Will Go On”, de Céline Dion. 

Nosso cérebro normalmente não gosta de acontecimentos inesperados – não saber lidar com uma situação é um ótimo jeito de sair dela morto ou machucado, e nós geralmente precisamos nos adaptar a uma experiência com calma antes de passar a considerá-la confortável. Mas a música, como uma série ou filme, é uma simulação: a novidade não causa nenhum mal. É apenas uma maneira artificial de manipular suas emoções. 

Pergunta de @marianapedrastudio, via Instagram.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.