Assine SUPER por R$2,00/semana
Imagem Blog

Oráculo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO

Por aquele cara de Delfos
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

O uso da violência é justificável para se atingir um bem maior?

Descubra o que quatro filósofos de diferentes épocas têm a dizer sobre a questão.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 17 jul 2020, 17h35 - Publicado em 14 jul 2020, 10h23

Immanuel Kant (1724 – 1804)

Depende. Kant enunciou o imperativo categórico: só aja se seu ato puder ser uma regra universal, sem exceções. Ou seja: você não pode bater em alguém se o ato não for benéfico inclusive para quem apanhou. Pórem, o próprio Kant fala em “guerra justa”: pegar em armas é aceitável contra certos inimigos.

Elizabeth Anscombe (1919 – 2001)

A violência pode ser necessária para proteger valores essenciais, como a dignidade e os direitos humanos, dependendo da situação. Para a filósofa, tentar manter as mãos limpas em todas as ocasiões pode ser contraditório, já que não interferir em uma situação de injustiça ou tentar meios não-violentos que sejam ineficazes pode resultar em um mal maior acontecendo.

Continua após a publicidade

Thomas Nagel (1937 – )

A violência até pode ser um recurso necessário no nível pessoal – como em casos de auto defesa ou proteção a terceiros. Mas a violência em massa, como no caso de guerras, é injustificável e uma violação à dignidade humana. A diferença essencial é que, no primeiro caso, é possível justificar à vítima o motivo a violência sofrida, enquanto no segundo a violência é injustificada por definição, pois a vítima não é culpada pelos atos de seus governantes.

Michael Allen Fox (1940 – )

Continua após a publicidade

Pacifista radical, Fox argumenta que usar a violência é algo errado por princípio, mesmo que o objetivo seja louvável – como proteger pessoas de violações dos direitos humanos. O filósofo admite que isso gera dilemas desconfortáveis, mas a saída mais razoável seria sempre buscar meios eficazes que não envolvam a violência.

Fontes: artigo “Pacifism” da Stanford Encyclopedia of Philosophy, livro Understanding Peace: A Comprehensive Introduction de Michael Fox e artigo “Kant’s Just War Theory”.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A ciência está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por SUPER.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.