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8 releituras pop de clássicos da literatura

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 19 jul 2013, 19h56

O sempre exuberante diretor Baz Luhrmann surpreendeu muita gente quando resolveu embalar a adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby (2013), em uma trilha sonora repleta de hits pop (para o desespero de muitos). Mas se engana quem pensa que essa ~liberdade criativa~ é novidade em Hollywood. Releituras bem mais ousadas de clássicos da literatura já apareceram na telona – e, se bobear, é possível que a referência tenha passado despercebida. Relembre 8 releituras pop de clássicos da literatura:

 

1. Amor, Sublime Amor (1961)

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Inspirado em: Romeu e Julieta, de William Shakespeare

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Não tem jeito: desde a publicação de Romeu e Julieta, na década de 1590, a história de amantes de famílias rivais se tornou a fórmula mágica para um bom conto de amor impossível e inspirou (e segue inspirando) inúmeras adaptações, releituras e reinvenções. Uma delas é o clássico Amor, Sublime Amor, vencedor de dez prêmios Oscar, incluindo o de Melhor Filme. No musical, Montechios e Capulettos dão lugar a gangues rivais da cidade de Nova York: Tony é o antigo líder dos Jets, gangue formada por garotos brancos de Nova York; Maria é irmã do líder da rival Sharks, composta por imigrantes porto-riquenhos. Longe de adagas e vicários, é através da música e da dança que encontros e desencontros aparecem na telona. “Tony e Maria, nosso Romeu e Julieta, se distanciam dos outros jovens por seu amor, por isso tentamos colocá-las ainda mais distante por sua língua, suas músicas, seu movimento”, explicou o roteirista do musical da Broadway (que inspira o filme) Arthur Laurents, em 1957, ao New York Herald Tribune.

 

2, 3 e 4. My Fair Lady (1964), Uma linda mulher (1990) e Ela é Demais (1999)

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Inspirados por: Pigmaleão, de George Bernard Shaw

O conto remete à Roma Antiga: na mitologia, o escultor Pigmaleão entrou em uma cilada – se apaixonou pela estátua que esculpiu ao tentar reproduzir uma ideia de mulher ideal. #climão Foi inspirado neste conto que, em 1913, George Bernard Shaw escreveu a peça teatral que conta a história de Eliza Doolittle, mendiga que vende flores nas ruas escuras de Londres até conhecer Henry Higgins, culto professor de fonética que, ouvindo o horrível sotaque da garota, aposta com um amigo que é capaz de transformá-la em uma dama da alta sociedade dentro de 6 meses. Você já pode imaginar como termina esta história.

A peça teatral foi transposta para os cinemas em 1964, no filme My Fair Lady, que trouxe Audrey Hepburn no papel da humilde Eliza, mas também inspirou adaptações “menos convencionais”: Uma Linda Mulher, filme de 1990 que trouxe Julia Roberts na pele da prostituta que conquista o coração do empresário vivido por Richard Gere; e Ela é demais, filme teen de 1999 que tinha Freddie Prinze Jr. no papel da estrela do time de futebol do ensino médio que aceita a aposta de transformar uma garota desajeitada e impopular em queridinha do colégio.

Leia também: 8 filmes adolescentes inspirados em clássicos da literatura

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5. Grandes Esperanças (1998)

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Inspirado por: Grandes Esperanças, de Charles Dickens

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Diferentemente das outras releituras desta lista, aqui filme e livro têm o mesmo nome. Mas, caso você tenha assistido despretensiosamente ao filme dirigido por Afonso Cuarón em 1998, pode nem ter percebido que ele é inspirado no clássico escrito por Charles Dickens em 1861. Isso porque mais de um século – e um oceano – separam as duas versões do conto. Esqueça a Inglaterra pobre tão marcada nos livros do britânico (como não se lembrar do prato de fome de Oliver Twist?): o filme do diretor de E sua mãe também… e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban transporta os personagens para a Nova York dos anos 1990, um universo tingido pelo verde da esperança de um amor que perdura décadas. No longa, o apaixonado Pip foi rebatizado como Finn e é vivido por Ethan Hawke; já a fria Estella é encarnada por Gwyneth Paltrow.

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6 e 7. Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000)

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Inspirados por: Cyrano de Bergerac, peça de Edmond Rostand

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Escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, a peça Cyrano de Bergerac conta a história do personagem-título, um herói romântico que nutre uma paixão secreta por sua prima distante, a bela Roxane. Apesar de seus muitos talentos como duelista, músico e poeta, Cyrano acredita que sua aparência o impossibilitaria de conquistar o afeto de sua amada. Quando Roxane se apaixona pelo atraente, mas pouco eloquente Christian, o herói acaba sendo colocado em uma difícil situação: respondendo ao pedido de seu amigo, é Cyrano que escreve as cartas que Christian envia para Roxane, que (é claro!) se apaixona pelas doces palavras do amante. A trama perfeita para uma comédia romântica, não é mesmo? Os roteiristas de Hollywood certamente acharam que sim.

No final da década de 1990, dois filmes inspirados pela peça chegaram aos cinemas: Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000). No primeiro, Abby é uma veterinária com problemas de autoestima que apresenta um programa de rádio voltado para donos de animais de estimação; quando um ouvinte a convida para sair, Abby decide pedir a Noelle, sua amiga e modelo profissional, que a “substitua” no encontro. Uma receita para o desastre. Já em Correndo Atrás, a clássica peça vai parar nos corredores de um colégio e o “Cyrano moderno” é Ryan, o nerd apaixonado pela garota mais popular da escola, que busca a ajuda da estrela do time de futebol para conquistá-la.

 

8. O Diário de Bridget Jones (2001)

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Inspirado por: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

A atrapalhada Bridget Jones e tempestiva Elizabeth Bennet não viveram na mesma época (e nem mesmo no mesmo livro), mas ambas têm um caso de ódio e amor com um Sr. Darcy. Não é apenas uma coincidência. Ao escrever O Diário de Bridget Jones, livro que inspirou a adaptação cinematográfica de mesmo nome em 2001, a autora Helen Fielding se inspirou em Fitzwilliam Darcy, personagem de Orgulho e Preconceito, para criar Mark Darcy – personagem vivido nos cinemas por Colin Firth. A autora também se inspirou na obra escrita em 1813 por Jane Austen para criar outras situações do romance contemporâneo: em ambas as histórias, uma série de enganos e mentiras faz com que as mocinhas desprezem Darcy, que demora (até ser quase tarde demais) para desfazer os mal entendidos que impedem o romance.

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