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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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A relação entre a beleza e o amor

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 16 ago 2011, 19h11

O amor e a beleza geralmente andam juntos na literatura, no cinema, na música. E no dia a dia: temos a tendência de achar a pessoa que amamos a mais bonita da face da Terra (conservadas as devidas exceções, é claro. Alguns exemplares humanos de rara beleza, geralmente residentes em Hollywood, ainda podem ocupar secretamente as primeiras posições em nosso ranking). Agora, pesquisadores ingleses descobriram que essa relação não é por acaso: amor e beleza ativam regiões semelhantes do cérebro.

O estudo, publicado em julho na revista PLoS ONE , foi conduzido por Semir Zeki e seus colegas do Laboratório de Neurobiologia da University College London, na Inglaterra, e pretendia analisar a resposta cerebral de 21 pessoas de diferentes culturas enquanto observavam obras de arte que consideravam belas. Eles tiveram de avaliar 60 pinturas e 60 composições musicais e categorizá-las como bonitas, feias ou indiferentes. Depois, foram expostos novamente a esses estímulos enquanto a sua atividade cerebral era analisada por um exame de ressonância magnética. O cérebro dos voluntários não mostrou nenhuma reação significativa quando eles eram expostos a obras que não achavam bonitas nem feias. As feias estimularam o córtex motor primário e a amígdala. Já a beleza estimula processos cerebrais bem diferentes.

Tanto pinturas quanto músicas consideradas bonitas ativaram com intensidade semelhante uma seção de 15 a 17 milímetros de largura do córtex medial orbitofrontal (além das áreas sensoriais correspondentes). Com base em pesquisas anteriores, que já relacionavam essa região com a percepção da beleza, os pesquisadores acreditam que pode haver uma íntima ligação nessa atividade com processos relacionados ao desejo, valor e beleza. Isso acontece, por exemplo, quando você acha uma coisa bonita, passa a desejá-la, e isso afeta o seu julgamento. A música parecia exercer um efeito mais rápido no cérebro, mas a arte visual tinha um efeito extra: ela também ativou uma parte do cérebro chamada núcleo caudado, que tem sido associada a sentimentos de amor romântico e se ativa quando vemos o namorado, por exemplo. E quanto mais bonito você considera o estímulo, mais a região se ativa.

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Portanto, cinema, literatura e afins têm certa razão: a feiúra não tem ligação com o amor, pelo menos no que diz respeito à nossa atividade cerebral. Mas a beleza, sim.

A dúvida que fica, agora, é: amamos porque achamos bonito ou achamos bonito porque amamos?

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