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Eles são ainda mais onipresentes, e nocivos, do que se imaginava.

Mascar chiclete provoca a ingestão de partículas
Cada 1 grama do produto contém até 637 fragmentos de microplásticos – sendo que 94% deles são liberados já nos primeiros oito minutos mastigando o chiclete, segundo uma análise (1) da Universidade da Califórnia.
Os microplásticos também estão na água e em alimentos industrializados. Estima-se que cada pessoa ingira 20 g deles, o equivalente a uma peça de Lego, por mês.
Fragmentos atrapalham a fotossíntese das plantas
Cientistas da Universidade Columbia analisaram 3.286 registros de contaminação por microplásticos em vários pontos do planeta – e calcularam que eles podem estar reduzindo a produção global de arroz, trigo e milho em até 14%.
Segundo os pesquisadores, isso acontece porque os microplásticos contidos na água reduzem a capacidade fotossintética das plantas, fazendo-as crescer menos.
Versão biodegradável também pode fazer mal
Os bioplásticos de amido surgiram como alternativa biodegradável aos plásticos tradicionais. Mas também se fragmentam em micropartículas, que podem ser ingeridas.
Durante três meses, cientistas chineses (2) alimentaram ratos com fragmentos de bioplásticos (em doses similares às presentes no meio ambiente). Resultado: os bichinhos tiveram alterações no metabolismo e no ritmo circadiano.
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Fontes (1) “Chewing Gums: Unintended sources of ingested microplastics in humans”, L Lowe e outros, 2025; (2) “Long-Term Exposure to Environmentally Realistic Doses of Starch-Based Microplastics Suggests Widespread Health Effects”, J Liu e outros, 2025.