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8 casos assustadores de cobaias humanas involuntárias

Órfãos, prisioneiros, deficientes mentais, pobres e até agentes da CIA já foram usados como cobaias involuntárias

Por Claudia de Castro e Lima
Atualizado em 12 jul 2018, 18h16 - Publicado em 21 dez 2016, 17h45
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(Bruno Miranda/Mundo Estranho)

Zumbis elétricos

QUANDO 1802-1803
ONDE Europa
O médico Giovanni Aldini fazia um tour pela Europa numa espécie de “circo da ciência“, cuja maior atração eram cadáveres “reanimados” com choques elétricos. Uma das “vítimas” foi George Foster, enforcado por matar mulher e o filho. Ao receber o estímulo, seus olhos e boca se abriram e sua perna deu chutes. Crente de que Foster havia ressuscitado, a plateia começou a gritar para que ele fosse enforcado novamente.

David ou Brenda?

QUANDO 1965
ONDE EUA
Quando bebê, o canadense David Reimer perdeu o pênis após uma circuncisão malfeita. O psicólogo John Money recomendou submetê-lo a uma cirurgia de troca de sexo e a um tratamento com hormônios femininos. Ele queria provar que a identidade de gênero pode ser imposta, e não nata. David foi criado como Brenda, só soube da verdade aos 14 anos e cometeu suicídio aos 38.

Visita íntima

QUANDO De 1946 a 1948
ONDE Guatemala
O Serviço de Saúde Pública dos EUA pagou prostitutas com sífilis para transar com detentos da Penitenciária Central da Guatemala (e o governo do país ainda copatrocinou a “pesquisa”!). O objetivo era infectá-los e, depois, acompanhar o tratamento com penicilina. Não há registros de que os presos tenham concordado com o teste.

40 anos de descaso

QUANDO De 1932 a 1972
ONDE EUA
Prometendo atendimento gratuito aos negros de Tuskegee, no Alabama, o Serviço de Saúde Pública dos EUA conseguiu identificar 399 pessoas com sífilis. Não contaram a elas o diagnóstico e também não as trataram, para ver como a doença avançava no organismo. Essa negligência pode ter causado a morte de cerca de 100 delas. Tanto esse estudo quanto o dos detentos da Guatemala foram liderados pelo mesmo pesquisador, John Cutler.

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A droga da verdade

QUANDO 1953
ONDE EUA
Psiquiatra e Ph.D. em química, Sidney Gottlieb ajudou a CIA a descobrir se o LSD poderia facilitar interrogatórios. Além de aplicar a droga em agentes, sua equipe “batizava” a bebida de civis. Ele também pedia que prostitutas fizessem o mesmo com clientes e depois tentassem arrancar “confissões” deles.

Cereal radioativo

QUANDO 1944-1974
ONDE EUA
Preocupado com um possível ataque nuclear da União Soviética durante aGuerra Fria, os EUA conduziram quase 4 mil experimentos secretos com radiação em sua própria população. Entre outros absurdos:
* 49 doentes mentais comeram cereal matinal com ferro e cálcio radioativos
* 800 grávidas e sete recém-nascidos receberam iodo radioativo
* 18 pessoas foram injetadas com plutônio
* 200 doentes de câncer foram expostos a níveis altíssimos de césio
* Milhões de pessoas foram expostas a substâncias radioativas dispersadas por aviões. Mulheres que reclamaram dos sintomas eram diagnosticadas como neuróticas

O lobo no galinheiro

QUANDO De 1947 a 1949
ONDE Suécia
Um experimento sobre cáries patrocinado pela indústria de doces só podia dar errado. Os deficientes mentais do Hospital Vipeholm receberam grandes quantidades de bala e chocolate na dieta. Vários tiveram a dentição totalmente destruída – e, coincidência ou não, esse resultado negativo foi escondido e divulgado na imprensa apenas muito tempo depois.

Aprendendo a falar errado

QUANDO 1939
ONDE EUA
Convicto de que a gagueira estava ligada à ansiedade, o fonoaudiólogo Wendell Johnson separou 22 órfãos em dois grupos. No primeiro, a dicção das crianças era sempre elogiada. No outro, era severamente criticada. Muitas ficaram traumatizadas e desenvolveram problemas de pronúncia para a vida toda.

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CONSULTORIA John Horgan, professor do Stevens Institute of Techonology, de New Jersey (EUA), e colunista da Scientific American

FONTES Revistas Time, Science, American Journal of Psychiatry e New Scientist, livros Listomania, vários autores, e Dr. Josef Mengele, The Angel of Death, de Holly Cefrey, e sites LiveScience e Auschwitz.dk

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