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Os terríveis experimentos japoneses com prisioneiros chineses

Entre 1935 e 1945, japoneses conduziram testes cruéis com mais de 200 mil pessoas no de prisioneiros na China conhecido como Unidade 731

Por Claudia de Castro e Lima
Atualizado em 12 jul 2018, 18h11 - Publicado em 21 dez 2016, 17h46
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(Bruno Miranda)

De pernas para o ar

Situada na Manchúria, no nordeste da China, a Unidade 731 surgiu pouco antes da Guerra Sino-Japonesa (1937-1945) e continuou ativa na 2ª Guerra Mundial. Era comandada pelo general Shiro Ishii, que propunha os mais bizarros experimentos. Por exemplo: pendurar pessoas de cabeça para baixo até morrerem para ver quanto tempo aguentavam.

Picolé de pé

Os testes geralmente envolviam armas ou procedimentos que, depois, poderiam ser aplicados na guerra. Por exemplo: em câmaras refrigeradoras, prisioneiros eram submetidos a temperaturas de até 50 graus celsius negativos. Assim, os médicos podiam descobrir a melhor maneira de tratar soldados japoneses que tivessem membros congelados durante batalhas no frio.

Coisa de desenho animado

O que podia acontecer a pilotos japoneses caso os aviões dessem pane? Para descobrir, os cientistas colocavam prisioneiros em centrífugas superpoderosas, onde ficavam rodando até morrer. Para avaliar os efeitos da altitude, cobaias humanas eram submetidas a câmaras de altíssima pressão até seus olhos saltarem das órbitas.

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Efeito bombástico

Para descobrir a qual distância era possível sobreviver à explosão de uma bomba, os funcionários da Unidade 731 tinham um teste simples, barato terrível. Espalhavam chineses a diferentes distâncias, detonavam o explosivo e avaliavam as consequências no corpo das vítimas. Claro que os mais próximos morriam na hora.

Crueldade microscópica

Outro tema estudado pela Unidade 731 foi a guerra bacteriológica. Como espalhar germes em uma vasta área de modo eficiente? Bombas com bactérias que causam disenteria ou com pulgas infectadas com peste bubônica ou febre tifoide foram jogadas sobre vilarejos chineses. Plantações e reservatórios de água foram contaminados e milhares de pessoas morreram.

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Autópsia de ser vivo

Algumas cobaias sofriam vivissecção – ou seja, médicos cortavam seu corpo e examinavam suas entranhas enquanto ainda estavam vivas. E sem anestesia! Eles pretendiam compreender o avanço de certas doenças. Alguns órgãos eram extraídos para análise. Às vezes, eram reimplantados – mas do lado oposto, só para ver o que acontecia.

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Segredos revelados

Não é à toa que o lugar foi apelidado de “Auschwitz asiática”. O general Ishii ordenava, por exemplo, que injetassem urina de cavalo no rim de humanos ou que prisioneiros comessem refeições com heroína. Tudo isso ficou em segredo até 1984, quando um estudante de jornalismo japonês descobriu, numa loja de livros usados em Tóquio, documentos que registravam as barbaridades.

Crueldade generalizada

Além de prisioneiros civis e militares chineses, a base secreta também usou como cobaias britânicos, australianos e norte-americanos capturados na 2ª Guerra Mundial. Em uma das experiências, retiraram o estômago de uma pessoa conectaram o esôfago diretamente ao intestino. Em outro, crianças de um vilarejo próximo receberam doces infectados com bactérias.

CONSULTORIA John Horgan, professor do Stevens Institute of Techonology, de New Jersey (EUA), e colunista da Scientific American

FONTES Revistas Time, Science, American Journal of Psychiatry e New Scientist, livros Listomania, vários autores, e Dr. Josef Mengele, The Angel of Death, de Holly Cefrey, e sites LiveScience e Auschwitz.dk

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