A charada dos dinossauros
Dominaram a Terra durante 140 milhões de anos e sumiram tão misteriosamente como apareceram. Eram gigantes vegetarianos, mas também podiam ser pequenos carnívoros. Tinham sangue frio como os répteis ou quente como os mamíferos. Continuam um enigma para a ciência
Maria Inês Zanchetta
Monstros horrorosos, violentos, mas também um tanto estúpidos e desajeitados, que se equilibravam sobre as patas traseiras. Acinzentados, amarronzados ou esverdeados, viviam em meio a lagos, rios e florestas sob um clima sempre agradável e temperatura constante. Assim os dinossauros eram representados, desde que foram descobertos seus primeiros restos fósseis, no início do século XIX. Senhores absolutos do planeta por 140 milhões de anos, não houve até hoje espécie que fascinasse tanto e provocasse tanta curiosidade—a começar por seu tamanho.
A aparência dos dinossauros, o modo como viviam e especialmente seu desaparecimento súbito intrigam cientistas e leigos. Até Walt Disney, por exemplo, mostrou nas telas sua versão para a extinção dos dinossauros. No clássico desenho Fantasia, de 1940, ao som do balé Sagração da Primavera, de Igor Stravinski, eles morrem pateticamente. Há mais de um século e meio, tenta-se explicar a vida e a morte dos dinossauros. Mas o que se sabe é muito pouco — nem sequer é possível afirmar com segurança de que se alimentavam. Existem várias teorias sobre seu desaparecimento.
Também ainda espera resposta definitiva a questão de como se tornaram a espécie dominante na Terra. Afinal reinaram sem concorrentes durante toda a era Mesozóica. Surgiram no período Triássico — há cerca de 200 milhões de anos, quando se supõe que houvesse apenas um imenso supercontinente, a Pangea. Atravessaram todo o Jurássico e o Cretáceo — os outros dois períodos em que se divide a era Mesozóica —, quando foram extintos, há 65 milhões de anos.
Ao aparecerem na face da Terra, o clima era ameno, a água dos oceanos temperada e a paisagem compunha-se de montanhas, pradarias, desertos, pântanos e rios. Nas florestas não existiam plantas com flores — elas vão aparecer no Cretáceo — só samambaias, pinheiros de vários tipos e árvores que se pareciam com as palmeiras. Nesse supercontinente também viviam lagartos, lagartixas, crocodilos, jacarés, tartarugas, salamandras, rãs e sapos. Os mares tinham peixes e até tubarões. No Cretáceo havia pássaros e, no final desse período, mamíferos primitivos, cujos parentes mais próximos e conhecidos seriam os gambás.
Carnívoros, herbívoros, bípedes, quadrúpedes, donos de mandíbulas desdentadas ou com dentes afiados como lâminas, placas recobrindo o dorso, chifres na cabeça e no nariz, cabeças de diversos tamanhos e formas, pescoços mais longos ou mais curtos. Essas eram em geral as características das cerca de oitocentas espécies conhecidas de dinossauros. Ou seja, havia dinossauros para todos os gostos. Com tantas características diferentes e muitas vezes contraditórias, não é de espantar a confusão armada na tentativa de encontrar explicações gerais sobre os costumes desses bichos.
Uma classificação propõe sua divisão em dois grandes grupos: os saurisquianos e os ornitisquianos. De novo, cada grupo representado pelos mais diversificados tipos: uns teriam sido velozes, não muito grandes; outros eram mais lerdos e alguns tornaram-se gigantes. Enquanto um tiranossauro, do grupo dos saurisquianos, media doze metros e pesava seis toneladas, o celurossauro, do mesmo grupo, não ultrapassava os seis quilos, era pouco maior que um frango e comia carne.
Já o gigantesco brontossauro, também do grupo dos saurisquianos, era um pacífico herbívoro com seus 21 metros de comprimento e 30 toneladas de peso. O campeão de tamanho era outro saurisquiano ainda, o superssauro, um gigantesco animal que media 30 metros e pesava mais de 100 toneladas, o equivalente ao peso de dois Boeing 737.
Os dinossauros do grupo dos ornitisquianos eram menores e tinham a bacia semelhante à dos pássaros. Mediam geralmente de sete a nove metros e pesavam de três a seis toneladas. Entre eles estão os anquilossauros, que tinham o dorso recoberto de placas ósseas; os iguanodontes, talvez um dos mais conhecidos, sem placas; os estegossauros, que, além de uma fileira de placas, tinham também espinhos na cauda. E os triceratopos, com dois chifres na testa e um no nariz. À exceção dos iguanodontes, os outros eram quadrúpedes.
As primeiras descobertas de dentes e ossos de dinossauros datam de 1822, quando Mary Ann Mantell, mulher do médico e paleontólogo amador inglês Gideon Mantel, encontrou casualmente, em Sussex, no Sul da Inglaterra, um fragmento de rocha contendo um dente. O achado intrigou Gideon, que não sossegou enquanto não descobriu a que espécie de animal teria pertencido. Depois de muito pesquisar, Mantell concluiu que o dente pertencia a um gigantesco réptil herbívoro, que ele batizou de iguanodonte— porque o dente se assemelhava aos dentes dos iguanas, répteis característicos da América.
Vinte anos depois de Gideon, outro inglês, o anatomista Richard Owen, sustentou que outros dentes e ossos descobertos em várias partes do mundo pertenciam a uma espécie desconhecida de animal a que ele chamou de dinossauria, que em grego quer dizer “répteis terríveis”. Para Owen, eles eram os representantes máximos da classe r��ptil e os mais parecidos com os mamíferos. E foi essa a imagem dos dinossauros aceita até o início dos anos 60 — lagartos superiores, com hábitos e fisiologia de répteis que cresceram demais, inexplicavelmente e, como répteis, tinham sangue frio, dependendo do Sol para se aquecer e da sombra para se refrescar.
Mas, em 1964, uma descoberta do paleontólogo norte-americano John Ostrom veio revolucionar as teorias existentes sobre esses grandes lagartos. Em Montana, no noroeste dos Estados Unidos, ele encontrou um pé de deinonychus, um dinossauro com quatro metros de comprimento. Era carnívoro, bípede e possuia dentes afiados, além de garras em todos os dedos dos quatro membros. Essas peculiaridades revelavam um animal predador, extremamente ágil e ativo, características difíceis de imaginar num animal de sangue frio. Assim, a entrada em cena do deinonychus reabria a questão: os dinossauros tinham sangue quente ou frio? Se fosse quente, então não eram répteis como se imaginava e seu metabolismo seria semelhante ao dos mamíferos e pássaros.
De fato, o que se sabia com certeza é que os dinossauros descendem dos tecodontes — um tipo de réptil sobre o qual, aliás, se sabe muito pouco. Outro paleontólogo norte-americano, Jack Horner, do Museu da Universidade Estadual de Montana, acredita que a estrutura de crescimento dos dinossauros assegura que tinham sangue quente. Horner observou que os ossos dos dinossauros cresceram como os das aves atuais. Já os ossos dos crocodilos, répteis como se achava que fossem os dinossauros, crescem bem mais devagar.
Teorias levantadas por anatomistas com base na dimensão dos ossos dos dinossauros garantem que eles possuíam uma agilidade típica de animais de sangue quente, como os mamíferos, e não sujeitos às variações de temperatura, como os répteis. Quando os raios do Sol incidem sobre as escamas de um lagarto ou de uma serpente, sua agilidade e rapidez aumentam. No frio, ao contrário, são acometidos por uma espécie de torpor.
Mas, no final da era Mesozóica, o supercontinente que existia no início da evolução dos dinossauros —no Triássico — estava se dividindo em outros continentes; isso deve ter influido decisivamente nas temperaturas, estabelecendo-se estações cada vez mais rigorosas. Assim, nasceu mais uma hipótese: a separação dos continentes e a revolução no clima teriam mudado de frio para quente o sangue de alguns mamíferos e aves. O argumento mais convincente nessa polêmica talvez seja o de que os dinossauros, no decorrer da evolução, se transformaram em animais de sangue quente.
Em uma das etapas da rnudança, que foi gradual, agigantaram o corpo conservando a temperatura. O paleontólogo norte-americano Thomas R. Fairchild, que desde 1976 vive no Brasil, onde leciona no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, afirma que “uma das evidências que sugere que os dinossauros tinham sangue quente é o tamanho do corpo, pois não seria possível a um animal de várias toneladas aquecer-se o bastante apenas deitando-se ao Sol; mesmo num dia ensolarado, as horas de luz seriam insuficientes para aquecer aquela massa”.
Também defensor da teoria do sangue quente, o paleontólogo Robert Bakker, do Museu da Universidade do Colorado, transformou-a em causa pessoal. Ainda estudante, Bakker tinha tanta certeza de que os dinossauros eram eretos e cheios de energia que passou a calcular sua velocidade. Concluiu do estudo das pegadas desses animais que alguns eram muito rápidos e arriscou-se a afirmar que um brontossauro— que devia pesar 30 toneladas — podia correr a cinco quilômetros por hora..Por essa época, Bakker também começou a desenhar dinossauros completamente diferentes dos usuais. Eram criaturas cheias de energia, de pés leves, que corriam, pulavam. Seus herbívoros eram gregários e os carnívoros, agressivos. Não tinham semelhança com aqueles representados até a década de 60.
Outra descoberta importante a partir de pegadas revelou que os dinossauros tinham um comportamento familiar: viviam em grandes manadas — os adultos andando do lado de fora, de modo a proteger os mais jovens, no centro. Já os répteis têm outro comportamento: limitam-se a proteger as crias até o momento em que rompem a casca do ovo. Há indícios também de que alguns dinossauros chocavam seus ovos e outros não. Estes últimos preferiam cavar ninhos na terra onde os depositavam e depois os cobriam com vegetação para ajudar a incubação. Nascidos os filhotes, os pais traziam-lhes alimentos.
Sempre se supôs que os dinossauros punham ovos, já que enormes quantidades de restos de cascas foram encontradas ao longo do tempo. Mas Robert Bakker arrisca uma nova suposição. Após calcular que as fêmeas de brontossauros tinham uma estrutura pélvica maior que a de outros dinossauros, ele acha possível que dessem à luz filhotes vivos. Embora admita que as evidências sejam mínimas, Bakker tem a seu favor o fato de que jamais se descobriu um ovo de brontossauro. Outra questão que os paleontólogos levantam é que os dinossauros do final do Cretáceo migravam na estação chuvosa em busca de lagares secos e de alimentos. Nessa época, o clima na Terra já estava diferenciado.
Teorias, hipóteses e suposições realmente não faltam, ainda que não se possa comprovar a maioria delas. A rigor, a única certeza absoluta é a de que os dinossauros existiram e reinaram na Terra durante 140 milhões de anos — sinal de que souberam adaptar-se ao ambiente com rara competência na história das espécies.
Para saber mais:
(SUPER número 12, ano 3)
Procura-se um buraco de 200 quilômetros
(SUPER número 10, ano 5)
O Assassino: Clima, Meteoro ou Parasita ?
Afinal, onde foram parar os dinossauros ? Que de tão grave aconteceu na Terra para provocar sua completa extinção, 65 milhões de anos atrás? A morte dos dinossauros parece tão misteriosa como eles próprios. Não menos estranhas são muitas das centenas de tentativas de explicar o enigma. Se lembrarmos que os dinossauros não se foram sozinhos, a charada fica então cada vez mais complicada. Com eles desapareceram também plantas aquáticas unicelulares e répteis voadores, marinhos, além de invertebrados semelhantes às lulas e polvos. Sobreviveram alguns grandes grupos de répteis como os crocodilos, jacarés, cobras; mamíferos pequenos, além de aves, tartarugas, rãs, sapos; pinheiros, samambaias e plantas com flores.
Há quem associe a extinção às colossais mudanças ocorridas no planeta no final do Cretáceo, sobretudo a separação dos continentes e oceanos, que teria remexido completamente no clima terrestre. Isso, por sua vez, teria modificado ou mesmo interrompido as cadeias alimentares tradicionais. Nessa bagunça geral, espécies animais e vegetais que não suportavam o frio ou não tiveram como mudar de dieta desapareceram.
No caso dos dinossauros, em especial, a velhice da espécie era uma dificuldade a mais. Diz o professor Thomas Fairchild, da Universidade de São Paulo: “Após 140 milhões de anos de evolução, os dinossauros podem ter perdido sua elasticidade genética; já teriam se ajustado de tal forma que adaptações rápidas a novas condições ecológicas não eram tão fáceis como no início de sua evolução”.
A teoria mais difundida nos últimos anos – e também ferozmente combatida pelos partidários da hipósite climática – é a de que um asteróide vindo não se sabe de onde se teria chocado com a terra, provocando uma formidável cratera estimada em 175 km de diâmetro – da qual nunca se achou o menor vestígio – e uma explosão de 100 milhões de megatons, o equivalente a 150 mil guerras nucleares entre os Estados Unidos e a União Soviética com os arsenais de que dispõem.
Em consequência, uma massa de poeira cem vezes superior à do asteróide se teria espalhado na atmosfera, mergulhando o planeta numa longa noite, que durou de dois a três anos. Sem luz solar, as temperaturas caíram e cessou nas plantas a fotossíntese, pela qual elas crescem e oferecem oxigênio aos outros seres. Daí, diminuiu sensivelmente a fonte de alimento dos herbíveros, que acabaram morrendo; portanto, depois de um tempo também os carnívoros ficaram sem ter o que comer. Com base em fósseis descobertos no norte do Alasca em 1985, porém , paleontólogos norte-americanos concluíram que os dinossauros viviam em regiões polares. Ou seja, estavam acostumados à escuridão polar, que dura cerca de três meses por ano e de alguma forme continuavam a se alimentar.
Parente próxima desta teoria do estrago geral é a de que um gigantesco meteorito teria atingido a terra, provocando incêndios que se alastraram por todo o planeta. Assim os dinossauros teriam perecido nas chamas. Uma variante que encontra adeptos respeitáveis é a hipótese de que a terra foi atingida por uma “chuva de cometas”provocada pela passagem de um corpo celeste – estrela ou planeta – pelo sistema solar. Há ainda a teoria das erupções vulcânicas, segundo a qual gases vulcânicos teriam destruído a camada de ozônio que protege a terra dos raios uultravioleta do sol. Inusitada mesmo é a hipótese sugerida pelo palentólogo noirte-americano Robert Bakker. Ele duvida da teoria do asteróide porque no final do Cretácio ocorrera uma grande diminuição das espécies, e os dinossauros já poderiam estar a caminho do desaparecimento.
Segundo ele, nesta época, ainda viviam os triceratopos e os tiranossauros, migradores por excelência.
É provável, imagina Bakker, que tenham trazido consigo doenças e parasitas e acabaram contaminando os outros. Enfraquecidos, os dinossauros morreram – de disenteria, diz o cientista.
A FAMÍLIA
1) Com seis metros de comprimento e duas toneladas de peso, o estegossauro era herbívoro. Não se sabe a função das grandes placas que tinha sobre o dorso.
2) Apesar dos 21 metros e trinta toneladas, o brontossauro também era um pacifico herbívora.
3) 0 maior dos dinossauros conhecidos, o braquiossauro, erguia a cabeça 12,5 metros acima do chão, como um prédio de quatro andares.
4) 0 celidossauro é tido por alguns como o ancestral do estegossauro; por outros, do anquilossauro, esse imenso e pesado dinossauro do Cretáceo.
5) 0 alossauro foi sem dúvida o mais terrível carniceiro de sua época. Com duas toneladas de peso e onze metros de comprimento, não dava chance a suas vítimas.
6) Menor que seu primo alossauro, o ceratossauro era capaz de abater presas muito maiores graças à sua espantosa agilidade.
7) 0 compsognato, pouco maior que uma galinha, era o menor de todos os dinossauros. Alimentava-se de presas pequenas como ele.
8) Parente próximo do compsognato, o celuro media dois metros e atacava presas de porte médio.
9 e 10) 0 pterodáctilo e o ramforinco não eram nem dinossauros nem pássaros. Pertenciam ao grupo de pterossáurios, ou répteis alados, as mais fantásticas máquinas voadoras da história da Terra.
11) 0 arqueoptérix é um enigma não se sabe se era um réptil emplumado ou um pássaro. Em qualquer hipótese, prova que os pássaros descendem dos répteis — e, quem sabe, dos dinossauros. Nutria-se de insetos e lagartixas.
12) Bem pequenos, os mamíferos já existiam no reinado dos dinossauros. Viviam de outros animaizinhos e de restos deixados pelos grandes répteis.
Estegossauro de Souza
Há 150 milhões de anos, no que viria a ser o sertão da Paraíba, viveram cerca de seiscentas espécies diferentes de dinossauros. A prova é a impressionante variedade de pegadas fossilizadas, descobertas a partir de 1975 entre os municípios de Sousa e Antenor Navarro, a uns 500 quilômetros de João Pessoa. Na verdade, as primeiras pistas foram encontradas na região em 1924, mas por falta de interesse o material ficou esquecido. Em 1975, o padre Giuseppe Leonardi, paleontólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral, retomou as explorações na área. Resultado: a descoberta de inúmeras pistas de fósseis, quase todas de dinossauros, na maioria bípedes e carnívoros.
De todas elas, uma em particular se destaca: a de um quadrúpede de seis a sete metros de comprimento cujas patas dianteiras eram pequenas e arrendondadas, as traseiras muito grandes e providas de uma espécie de almofada, com três dedos em forma de casco. Os pesquisadores têm quase certeza de que o dono era um estegossauro, herbívoro com placas ósseas no dorso e espinhos na cauda. Ele teria circulado pela região de Sousa há 110 milhões de anos.
Preocupado com a preservação desse precioso sítio paleontológico, padre Leonardi propôs que se criasse na região um parque, que começou a ser implantado em 1984. Batizado de Vale dos Dinossauros, o parque é sustentado pelo governo federal. Tem um laboratório permanente de pesquisas. onde uma equipe de técnicos está fazendo réplicas de dinossauros em tamanho natural, de fibra de vidro e resina sintética. Cinco já estão prontas e nove estão em montagem.
Por tudo isso, para os 72 mil habitantes da pacata cidade de Sousa, os dinossauros estão longe de ser bichos do outro mundo. Tanto que já emprestam o nome a uma oficina mecânica, um bar, um restaurante e até a um conjunto musical. Além disso, desenvolveu-se na cidade um peculiar artesanato de souvenirs — estatuetas de dinossauros e camisetas pintadas com os lagartões.
Mas não só na Paraíba foram encontrados restos fósseis. Em cidades do interior de São Paulo, como Araraquara, por exemplo, milhares de pistas foram descobertas, assim como em cidades do Paraná e de Minas Gerais. Em Peirópolis, no Triângulo Mineiro, a 20 quilômetros de Uberaba, localiza-se outro importante sítio paleontológico, onde foram encontrados fósseis de um titanossauro, um enorme quadrúpede herbívoro que media 20 metros.