Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A ciência de um isqueiro

Em 1961, com a popularização dos derivados de petróleo como matéria-prima, surgiu o modelo descartável.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 30 jun 2006, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Fábio Marton

    Publicidade

    Espingardas do século 19 foram a fonte de inspiração dos primeiros isqueiros. Eles funcionavam com o mesmo sistema de fricção das armas da época, além de uma mecha embebida em combustível (como a marca Zippo hoje em dia). Apenas nos anos 40 apareceram os isqueiros a gás. Em 1961, com a popularização dos derivados de petróleo como matéria-prima, surgiu o modelo descartável. A demora é explicável: até chegar ao atual isqueirinho de 2 reais, princípios físicos e químicos de 400 anos tiveram de ser compreendidos e adaptados aos materiais do século 20.

    Publicidade

    A alma do negócio

    A temperatura da chama chega a 1 970 ºC. O combustível queima quando há mais de 2% dele misturado ao ar. A combustão gera mais água do que gás carbônico – você pode verificar isso aproximando a chama de um vidro, que fica embaçado.

    Publicidade

    Faísca e fumaça

    Continua após a publicidade

    A rodinha, feita de aço, é friccionada numa liga metálica composta de ferro e cério. O atrito faz a liga pegar fogo a uma temperatura relativamente baixa: cerca de 210 ºC. Até o século 19, sistemas parecidos, com pedra de sílex, eram usados em espingardas – as pederneiras.

    Publicidade

    Salva-vidas

    A válvula é mantida fechada por molas e só abre quando o botão é pressionado. Não precisa de bomba: segundo a Lei de Boyle, de 1662, a pressão acumulada no interior do isqueiro força o combustível a sair. Em contato com o meio externo, a pressão diminui e o líquido vira gás.

    Publicidade

    Quebra-vento

    Continua após a publicidade

    A capa de metal tem furinhos na lateral para o ar ter rumo vertical, estabilizando a chama. Como o ar quente é mais leve e volátil, os furos o “filtram” do ar frio. Se o vento for forte demais, o gás se dissipa no ar antes de haver concentração suficiente para a chama surgir.

    Publicidade

    Líquido e gasoso

    O butano é o gás ideal por se tornar líquido sob pouca pressão: bastam 2 atmosferas, a mesma pressão a 10 metros de profundidade no mar. A pressão aumenta em lugares quentes, pois o calor expande o fluido. Por isso, o gás ocupa no máximo 85% do recipiente num isqueiro novo.

    Sem vazamentos

    Continua após a publicidade

    Cabeça e plástico são soldados a ultra-som (emissões sonoras de 20 mil a 40 mil hertz, pouco acima do limite do audível). As ondas agitam as moléculas, que acabam se unindo. Uma barra no meio do recipiente de plástico também serve para aumentar a resistência.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.