As espículas – pequenos espinhos de calcáreo que revestem algumas esponjas do mar – são normalmente usadas como barreira contra predadores. Agora, biólogos italianos descobriram que a esponja Rossella racovitzae, natural da Antártida, usa esses minimembros para absorver luz. Os raios luminosos correm dentro das espículas como que por fibras ópticas (veja o infográfico abaixo). Os cientistas jogaram um raio laser na ponta superior do espinho e mediram a quantidade de luz que chegava à base. A eficiência é muito alta. O canudo transmite até 65% da luz a uma profundidade de 3,5 centímetros. Não se sabe exatamente para que a esponja absorve luz. A suposição mais forte é que a energia luminosa ajuda a sobrevivência de microscópicos animais que vivem no interior das espículas. Eles devem retribuir o favor à esponja, de alguma forma ainda desconhecida.
Conduíte biológico
Cada espícula da esponja Rossella racovitzae (acima) absorve luz do meio ambiente e a conduz para o interior do animal. Até 3,5 centímetros de profundidade, o aproveitamento da energia é de 65%.