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À flor da pele

Evoluídos pela natureza, selecionados pelo homem, os cães ganharam poderes que nem máquinas e heróis de histórias em quadrinhos possuem

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Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 21 abr 2012, 01h00
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  • Texto Gisela Blanco

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    Não se deixe enganar pela carinha de fofo. Cães são máquinas superpoderosas. Quando passamos a selecioná-los de acordo com funções e habilidades, começaram a esbanjar proezas que nem mesmo super-heróis e os equipamentos mais modernos conseguem reproduzir. Exagero? Pois saiba o que cães (e não cães especiais, mas os do seu bairro) conseguem:

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    1. Distinguir, entre duas piscinas olímpicas, qual delas contém uma colher de açúcar diluída.

    2. Detectar pessoas com câncer de bexiga, pulmão, pele ou mama com 97,5% de precisão.

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    3. Ouvir o barulho de cupins destruindo um armário ou o vizinho do andar de cima rabiscando um papel.

     

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    Conheça a seguir os poderes mais impressionantes dos cães.

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    Um facebook no chulé
    Ao passear pela quadra e cheirar um poste, um cão consegue saber quem passou por ali, com que frequência, se há alguma fêmea no cio entre os passantes, quais moradores de uma casa tocaram num objeto, quais fizeram sexo, com quem e há quanto tempo, quais tomaram banho ou deixaram para o dia seguinte. A propósito, os cheiros dos genitais humanos são tão intensos para os cães quanto um banheiro recém-interditado pelo aroma número 2. Comparando a intensidade dos odores, eles supõem quando os eventos aconteceram. É assim que costumam marcar o tempo.

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    Nos testes de diagnósticos de câncer, houve cães capazes da proeza de descobrir tumores em estágios iniciais, que não passavam de um punhado de células doentes e mal apareciam em exames de imagens. Os cientistas tentam há 40 anos construir, com técnicas de cromatografia e espectrometria, um nariz eletrônico com tanto potencial. Só recentemente os primeiros resultados começaram a aparecer.

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    Estamos tão acostumados com o superolfato dos cães que mal nos damos conta de como algumas de suas habilidades corriqueiras são coisa de mutantes do tipo X-Men. Cães conseguem seguir o rastro de uma pessoa por diversos quilômetros. Fazem isso cheirando moléculas de ácido butanoico que deixamos cair pelo caminho (nossos odores pessoais, que produzimos involuntariamente e se espalham por onde passamos). Com base nos cerca de 3 mil compostos voláteis exalados pela pele e pelas glândulas, os cães montam um perfil psicológico do farejado, sabendo, por exemplo, quanto medo estamos sentindo ao nos aproximarmos dele.

    O segredo de tanto sucesso está na cara. Enquanto nossas pobres narinas têm 5 milhões de receptores nasais, as dos cães chegam a contar com 300 milhões. O nariz é o principal aparelho de reconhecimento para os cachorros. Aquela sensação agradável entre nós de apreciar uma paisagem do alto de uma montanha é entediante para os cães. Uma satisfação equivalente para eles é dar uma bela fungada numa porta rica em odores de diferentes intensidades.

    Cheirar o sapato equivale, para eles, a entrar no perfil da pessoa no Facebook. Dos odores da sola, o cão tira dados sobre os locais onde o dono do sapato esteve. Curtiu?

    Nem sempre um nariz tão afiado é vantagem. Passar um produto de limpeza pela casa funciona para os cães como criptonita. E frequentemente esquecemos que o olfato é tão sensível para eles, enchendo-os de perfumes e xampus e talcos perfumados. “Os cães correm o risco de ter enjoos, dor de cabeça e até de perder a sensibilidade no olfato”, afirma o veterinário Daniel Svevo, da empresa de adestramento Cão Cidadão, de São Paulo.

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    Ao contrário das pessoas, que se acostumam a um cheiro e deixam de senti-lo depois de alguns minutos, os cães cheiram com persistência. Não deixam de perceber as irritantes fragrâncias de um banho mesmo depois de horas tendo que aturá-las.

     

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    Ouvidos com pálpebras

    A grande diferença está no raio de frequências sonoras sensíveis aos cães. Pessoas conseguem captar sons entre cerca de 20 hertz a 2 quilohertz. Já eles alcançam um espectro de sons muito mais agudos, com frequências de até 45 quilohertz. Não é uma grande façanha – nos gatos, o raio de audição vai até 64 quilohertz e nas baleias belugas até 123 quilohertz. Mesmo assim, é o suficiente para que a audição dos cães deixe a nossa para trás com folga. Uma casa silenciosa, por exemplo, é cheia de ruídos para os cães. Eles ouvem os sons de lâmpadas fluorescentes, os pulsos de alta frequência de relógios digitais e o trabalho de cupins destruindo o armário de madeira no seu quarto.

    Os cães ainda ouvem a distâncias até 4 ou 5 vezes maiores – é por isso que notam a chegada do dono em casa muito antes de os outros moradores perceberem sons do carro no portão ou das chaves na porta do apartamento. Pelo mesmo motivo, eles sofrem tanto com os fogos de artifício no ano-novo. As bombas das festas de Réveillon soam para eles 4 ou 5 vezes mais altas. A mesma casa silenciosa ali de cima está, para os cães, repleta de sons para nós muito baixos, como o de ratos pelas paredes que você não consegue nem imaginar que estão lá. Outro equipamento de dar inveja que os cães possuem são as orelhas, capazes de se mover segundo as ordens do dono. Com 17 músculos na orelha, os cães a utilizam para direcionar a audição e até abafar sons desagradáveis. É como se tivéssemos orelhas com pálpebras para deixar de ouvir a festa do vizinho para a qual não fomos convidados.

     

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    Para enxergar no escuro

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    Da época em que seus ancestrais eram lobos, os cães herdaram poderes que faziam uma enorme diferença para quem vivia perto do Ártico e enfrentava meses de penumbra. Ganharam o páreo os lobos mais sensíveis à luz, que conseguiam ficar no encalço de presas mesmo de madrugada. Desenvolveram assim uma espécie de visão infravermelha, como aquelas câmeras dos quartos escuros do Big Brother.

    Suas células receptoras de luz ainda são mais rápidas. Eles dividem as cenas em até 80 quadros por segundo (e nós apenas até 30). Essa característica, também resultado de uma vantagem evolutiva, os torna capazes de agarrar objetos – ou bolinhas e discos – com muito mais precisão. Capacidade que também resulta em desconforto quando é preciso viver entre gente com olhos mais lentos. Uma lâmpada fluorescente, para nós, emite uma luz contínua. Para os cães, pisca frenética, já que sua frequência é de 60 quadros por segundo.

    Apesar dessas vantagens, não dá para dizer que a visão dos cães é melhor. Somos muito mais habilidosos para enxergar detalhes de objetos próximos. É o que fazemos, por exemplo, na hora de ler esta revista. Já os cães têm uma enorme dificuldade de ver de perto. Isso porque nós e a maioria dos primatas temos fóveas, áreas no centro da retina cheias de fotorreceptores. Eles, não. Com receptores de luz na periferia da retina, precisam se distanciar um pouco para ver objetos. Além disso, ao olhar uma paisagem, eles não conseguem diferenciar laranja, vermelho e amarelo – enxergam o mundo em tons esverdeados e azulados. É uma incapacidade gritante, mas tudo bem. Todo super-herói tem seu ponto fraco.

     

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    Cães ilustres

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    Pickles o cão que salvou a Copa
    Em 1966, este vira-lata encontrou a taça Jules Rimet, feita de ouro e prata, roubada em Londres. Pickles a farejou em um pacote na rua enquanto passeava com seu dono. Graças a ele, em 1970 a traça pôde ser dada ao Brasil pela conquista do tri, no México. E, anos depois, roubada de novo.

     

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    Snuppy o cão clonado
    Em 2005, este galgo-afegão nasceu da barriga de uma golden retrievier. Mas todo seu material genético veio de uma célula da orelha de outro cão, geneticamente idêntico a ele. Snuppy entrou para a história como o 1o cão clonado no mundo, criado por cientistas da Coreia do Sul, depois de mais de mil tentativas

     

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    Urian o fundador da igreja anglicana
    No século 16, o cardeal Wolsey foi a Roma pedir ao papa que anulasse o casamento do rei inglês Henrique 8o . Levou junto seu galgo, Urian, que atacou o pontífice quando o cardeal se abaixou para beijar seus pés, pensando que aquilo era um ataque. Pode ser lenda, mas o episódio teria levado à fundação da Igreja Anglicana.

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    Laika a astronauta
    A vira-lata russa foi o primeiro ser vivo a ir para o espaço, a bordo da nave Sputnik II, em 3 de novembro de 1957. Pode ter sido um grande passo para a humanidade, mas foi um muito breve para a cadela, que morreu em um superaquecimento da cabine cerca de 5 horas após a decolagem.

     

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    Péritas o grande
    Ele salvou a vida rei do Macedônia na batalha de Gaugamela. O cão, provavelmente um molosso (bisavô dos atuais mastifes), enfrentou e mordeu um elefante de guerra persa que quase matou seu dono. Graças a Péritas, ele escapou a tempo de entrar para a história como Alexandre, o Grande.

     

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    Rico o gênio
    Este border collie tinha um vocabulário de aproximadamente 200 palavras. Um estudo alemão publicado no jornal Science provou que ele era capaz ainda de discernir entre nomes de seus brinquedos e de objetos desconhecidos. Uma habilidade que até então se pensava ser uma exclusividade humana. 

     

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    Máquina de farejar
    Cientistas tentam há 40 anos construir aparelhos que simulem o faro do cão. Mas eles continuam imbatíveis

    Cão-de-santo-humberto
    Origem – Bélgica, ano 1000

    Chamado de “um nariz com um cachorro atrás”, este cão sente cheiros pelo menos 40 vezes melhor que os humanos. Tudo nele é perfeito para a arte de farejar: balança as orelhas caídas para levantar poeira com partículas de cheiro, que se prendem em seus grandes lábios úmidos. É capaz até de desvendar casos de incêndio, buscando por traços de gasolina ou outros combustíveis que possam tê-los provocado. 

     

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    Dobermann
    Origem – Alemanha, 1890

    Audição apurada todos os cães têm. Mas só os ferozes dobermanns viraram estrelas de filme trash por causa dela. No clássico de 1973 A Gangue dos Dobermanns, ladrões usam cães da raça para assaltar bancos com comandos dados por apitos inaudíveis para os humanos. 

     

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    Galgo
    Origem – Desconhecida, há cerca de 5 mil anos.

    Os lébreis, classe a que os galgos pertencem, ganharam o apelido de sighthunds (caçadores de visão) por serem os únicos que usam mais esse sentido do que o faro. Conseguem correr até 72 km/h – o suficiente para perseguir uma lebre sem perdê-la de vista.

     

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    Para saber mais
    A Cabeça do Cachorro, Alexandra Horowitz, Bestseller, 2010.

     

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    Força na mordida
    Eles têm vigor físico fora do comum e carregam uma arma letal na boca. Conheça alguns dos guardas mais temidos

    Um teste da National Geographic comparou as mordidas de algumas raças em busca da mandíbula mais forte. Dentre os participantes, sobressaíram os mastins, grandalhões como o fila-brasileiro, e o rotweiller. Com uma surpresa: o temido pit bull ficou atrás de quase todos os outros testados.

    Rottweiler – 148 kg
    Origem – Império romano, séc. 1

     

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    American pit bull terrier – 106 kg
    Origem – EUA, séc. 19

     

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    Dogue-de-bordeaux – 250 kg
    Origem – França, séc. 14

    Foi capaz de exercer uma força equivalente a um peso de 250 quilos com a mandíbula. É mais do que um lobo (cerca de 200 quilos) e que qualquer outro cão. Mas muito menos que crocodilos (1 113 quilos) e, curiosamente, bem menos do que a mordida do recordista humano, Richard Hoffmann, 445 quilos – a média dos homens é 75 quilos.

     

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    Galeria Das Raças

    Os esquisitos
    Eles são a prova de que a beleza está nos olhos de quem vê

    Até o século 19, os cães eram selecionados por funções específicas de trabalho. Foi só na Inglaterra Vitoriana que surgiu a dog fancy, mania de criar raças com a aparência fora do comum. Dessa moda, surgiram as raças que você vê ao lado. A mania persiste até hoje, na criação de designer breeds (raças design). É o caso de misturas recentes, como o puggle (pug + beagle) e o labradoodle (labrador + poodle). Que são fortes candidatas a ganharem o título de raças oficiais pelos clubes de criadores mundo afora. Mesmo que aos olhos de muita gente ainda pareçam meio estranhos.

     

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    Puggle
    Origem – EUA, anos 1980

     

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    Labradoodle
    Origem – Austrália, 1988

     

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    Cão-de-crista-chinês
    Origem – África (provavelmente), séc. 13

    A mutação que causa a falta de pelos também traz problemas dentários. De forma que esses cachorros, sem pelos pelo corpo, mas com topete, dentes tortos e língua para fora, costumam ser campeões em competições de cachorro mais feio do mundo.

     

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    Buldogue-inglês
    Origem – Inglaterra, séc. 19

    No início, eram maiores e tão fortes que participavam de lutas contra touros (bull-baitings). As pernas curtas e a cara tão enrugada de hoje foram o resultado de cruzamentos com o pug.

     

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    Galeria Das Raças

    Os recordistas
    Oa maiores e os menores cães do mundo

    Nenhuma outra espécie animal tem uma variedade tão grande de formas e tamanhos.Chihuahuas são tradicionalmente os menores do mundo, com uma média de 15 a 23 centímetros de altura. A raça mais alta é a do wolfhund-irlandês, que geralmente mede 1 metro na altura do ombro. O dogue alemão, aqui ao lado, em geral não costuma superá-lo, com a média de 85 centímetros para a raça. Porém, alguns indivíduos conseguem. E, ano após ano, têm sido os campeões consecutivos registrados pelo Guinness World Records.

     

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    Mastim inglês – O mais pesado
    Origem – Inglaterra, séc. 1

    Nascido em 1981 e morto em 1989 em Londres, Zorba pesava 155 quilos. Foi o mais pesado a ser registrado pelo Guinness, antes que parassem de aceitar recordes por peso, em 2003.

     

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    Dogue-alemão – O maior
    Origem – Alemanha, séc. 18

    Com 1,09 metro de altura nos ombros, o cão mais alto do mundo chama-se George e mora em Tucson (EUA).

     

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    Chihuahua – O menor
    Origem – México, antes do séc. 16

    Boo Boo, um cão de Raceland (EUA), é considerado o menor cachorro adulto do mundo. Ele tem apenas 10 cm de altura e pesa 680 gramas.

     

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    Galeria Das Raças
    Outros campeões

    Eles são os melhores naquilo que fazem
    Um estudo feito pelo psicólogo americano Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, indica as raças mais capazes – e as menos – de reconhecer expressões humanas e responder a treinamentos para todo tipo de trabalho. A Super ainda mostra aqui duas raças que se destacam pela adaptação de seu corpo em função do trabalho para o qual foram criados.

     

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    Os mais inteligentes 

    Border collie
    Origem – Inglaterra, séc. 19

    Por serem considerados os mais espertos do mundo, sempre têm trabalho: farejam drogas e armas, resgatam vítimas em desastres e fazem truques no cinema.

     

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    Poodle
    Origem – Alemanha, séc. 18

    Ele é um dos cães mais adestráveis. A versão original (e não o reduzido toy, comum no Brasil) foi usada muito tempo para puxar trenós e caçar patos.

     

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    Os menos inteligentes

    Beagle
    Origem – Inglaterra, antes do séc. 15

    Basset hound
    Origem – Inglaterra, séc. 19

     

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    Afghan hound
    Origem – Afeganistão, 1920

    Também não é preciso chamá-los de burros. A má fama vem do mesmo estudo citado ao lado, que comprovou serem essas raças as mais independentes – aquelas menos dispostas a serem adestradas e nos obedecer.

     

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    O melhor fuçador de tocas

    Daschund
    Origem – Alemanha, séc. 15

    O daschund não foi selecionado para ser engraçado ou fazer propagandas na TV. Sua forma era usada para desentocar doninhas, raposas e coelhos em caçadas.

     

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    O disfarce perfeito

    Komondor
    Origem – Hungria, séc. 16

    A esquisitice do komondor, com seus pelos que parecem dreadlocks, tem motivo: a raça grandalhona é guardiã de bois e ovelhas. A pelagem o ajuda a passar por uma delas para enganar predadores como coiotes na América do Norte e até leões na África.

     

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