A lenda de que os gatos possuem sete vidas tem razões que a ciência começa a descobrir. Recentemente, veterinários americanos estudaram 132 casos de gatos que caíram de alturas entre dois e 32 andares (ou 6 e 96 metros). Sem contar os casos em que os donos autorizaram a eutanásia, nada menos de 90 por cento das fetinas sobreviveram. Para surpresa geral, muitos deles haviam despencado de alturas superiores a sete andares (21 metros). E um bichano, caído de 32 andares, sofreu nada além de um den-te quebrado.
Os veterinários alinham uma série de motivos que explicam tais proezas. O primeiro deles é uma questão de peso, que determina a força do impacto – quanto mais pesado for o corpo que cai, menores serão as chances de sobreviver. Além disso, o gato tem o passado a seu favor. Como todos os felinos, ele evoluiu pulando de árvore em árvore, e acabou incorporando uma técnica especial para saltos: primeiro contrai todos os músculos, depois estica os membros horizontalmente – uma estratégia semelhante àusada pelos pára-quedistas. Esse movimento não só distribui a força do impacto por todo o corpo, como diminui a velocidade da queda. Assim, enquanto uma pessoa, ao cair de sete andares, alcança em média o equivalente a 120 metros por minuto, o gato não ultrapassa nem a metade dessa velocidade. Finalmente – e decisivamente – cai com a maioria dos músculos relaxados.
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