Ainda mais difícil do que explicar ao mundo a Teoria da Relatividade foi para Albert Einstein convencer alguém a fabricar a geladeira que inventou junto com outro físico ilustre, o húngaro Leo Szilard (1893-1964), um dos construtores do primeiro reator atômico. Os cientistas resolveram reinventar o refrigerador (surgido em meados do século XIX) em 1928 depois que uma família alemã morreu por causa das emanações tóxicas de amônia de um aparelho. Até o final dos anos 20, a amônia era o elemento refrigerante usado nas geladeiras: condensado, o fluido se evaporava, retirando o calor do compartimento interno. Hoje em dia, esse papel é desempenhado pelo clorofluorcarbono – o mesmo gás que destrói a camada de ozônio do planeta.
Pois bem, Einstein e Szilard tentaram substituir a amônia por um liquido contendo partículas metálicas em suspensão. Atraídas por válvulas com polaridades diferentes, feito imãs, as partículas manteriam o liquido em movimento, retirando o calor. Mas o protótipo da geladeira einsteiniana era tão barulhento que ninguém quis fabricá-la. Inconformada, a dupla patenteou, em três anos, outros 29 modelos e nem assim conseguiu criar uma engenhoca silenciosa.