Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Buraco na camada de ozônio está começando a cicatrizar

E a "culpa" é nossa: proibição coletiva dos gases que destruíam a camada protetora na atmosfera começa a mostrar resultados positivos após 30 anos.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 5 jul 2016, 19h00

Seres humanos não servem só para estragar a natureza, no fim das contas. O buraco na camada de ozônio acima da Antártida está diminuindo e os aliviados cientistas afirmam que a “culpa” é nossa: o esforço mundial para diminuir a emissão de CFC (clorofluorcarbono) na atmosfera funcionou.

Os esforços para banir os gases – que eram usados em geladeiras, desodorantes e sprays de cabelo, sem preocupação – apareceram nos anos 1970 e 1980. Em 1987, o Protocolo de Montreal, assinado por 46 países, selou o destino do CFC. Isso porque químicos britânicos descobriram que o cloro dos sprays reagia com o ozônio da atmosfera e dissipava a camada formada pelo gás que protege o planeta dos raios UV.

Quase 30 anos depois, os cientistas finalmente podem dizer que o acordo mundial funcionou. Uma equipe liderada por Susan Solomon, do MIT, observa a camada de ozônio que cobre a região da Antártida desde 2000. Nesse período, a pesquisadora afirma que o buraco diminuiu mais de 4 milhões de km² e que já existem sinais visíveis de recuperação.

LEIA: Como se formou a camada de ozônio e por que o buraco se concentra no pólo?​

Se o progresso do buraco continuar como espera a equipe, ele deve estar completamente “curado” até 2050. Mas é difícil prever se a melhora vai ser regular. No ano passado, as medidas também se mostravam favoráveis até que uma exceção estatística assustou os cientistas: o buraco bateu recorde de tamanho em outubro de 2015, com 28,2 milhões de km² de área.

Continua após a publicidade

Algum tempo depois, porém, os estudos de Solomon esclareceram o problema: a erupção do vulcão Calbuco, no Chile, aconteceu na mesma época, formando nuvens de pequenas partículas na atmosfera. Este cenário facilita a reação destrutiva entre cloro e ozônio.

Apesar deste acidente de percurso, a equipe ainda está certa de que a camada de ozônio está cicatrizando o dano causado pelos humanos – e ao menos metade da redução do tamanho do buraco está diretamente relacionada com a proibição dos sprays de CFC.

Mesmo sem novas erupções vulcânicas, a melhora ainda deve ser instável: ainda existem restos de cloro na atmosfera e, toda a vez que o clima fica frio e ensolarado, a luz e a temperatura intensificam as reações com o ozônio. Acima de tudo, porém, o time de Solomon nos dá licença para uma salva de palmas – pelo menos por hoje, a humanidade está mais para heroína do que vilã.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.