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Cápsula da SpaceX conclui com sucesso seu primeiro voo para a ISS

Em sua primeira missão teste, a nave comercial projetada para levar astronautas da Nasa ao espaço passou quase uma semana em órbita.

Por A. J. Oliveira
8 mar 2019, 19h51

Como noticiamos aqui na SUPER, a cápsula Crew Dragon, da SpaceX, passou os últimos dias acoplada na estação espacial internacional (ISS). Em sua primeira missão teste, a nave comercial projetada para levar astronautas da Nasa ao espaço passou quase uma semana em órbita. Foi lançada na manhã do último sábado (2) e chegou à ISS na manhã seguinte, onde permaneceu por cinco dias. Na sexta-feira (8), às 10:45 de Brasília, a cápsula caiu com seu paraquedas no Oceano Atlântico.

Do início ao fim, todos os procedimentos correram dentro dos conformes. “Eu mal posso acreditar quão bem tudo se saiu”, disse o diretor de gerenciamento de missões tripuladas da SpaceX, Benjamin Reed, à Nasa TV. “Basicamente tudo, em todos os pontos, deu certo durante todo o percurso.” Por se tratar de um voo de demonstração, a Crew Dragon não continha tripulantes: apenas um boneco com sensores.

Ela levou suprimentos e cargas à ISS, e trouxe de lá amostras para serem analisadas aqui na Terra. Pouco mais de seis horas após se desacoplar do laboratório orbital, a nave acionou o paraquedas para reduzir a velocidade e não se estraçalhar nas águas do Atlântico, a cerca de 450 quilômetros do litoral da Flórida. O barco GO Searcher, da SpaceX, aguardava no local para resgatá-la.

Durante a reentrada atmosférica, o escudo de calor teve de resistir a temperaturas que chegaram a 1,6 mil graus Celsius. Com o sucesso da missão Demo-1, a Nasa está um passo mais perto de poder lançar seus astronautas de casa, nos Estados Unidos. Desde 2011, após a aposentadoria dos ônibus espaciais, a agência se viu dependente dos russos, tendo de desembolsar dezenas de milhões de dólares por cada assento em uma nave Soyuz, que parte para o espaço a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Enquanto seu próprio sistema de transporte não fica pronto (o foguete SLS e a cápsula Órion, cujo voo inaugural deve ocorrer em 2020), a Nasa optou por encher os bolsos de empresas americanas em vez dos da Roscosmos (agência espacial russa). Com o programa Commercial Crew, deu à SpaceX e à Boeing, com sua cápsula Starliner, a chance de se tornarem as primeiras prestadoras comerciais de serviços de transporte de pessoas ao espaço.

Pela própria natureza desse acordo, ambas as empresas venderão à Nasa assentos em suas cápsulas, mas são livres para usá-las em outras missões como bem desejarem. Podem, por exemplo, transportar astronautas de outros países, ou então prestar serviço a empresas e até turistas. As agências espaciais estão comercializando a órbita baixa da Terra e transferindo as operações que realizam ali para a iniciativa privada, para poderem focar seus recursos na exploração do espaço profundo.

Antes de julho, quando os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley vão estrear os voos tripulados da Crew Dragon, os engenheiros irão analisar minuciosamente os dados gerados na missão desta semana. Um novo lançamento da cápsula deve ocorrer em breve para que testes de segurança sejam conduzidos: os controladores vão verificar como a nave se comporta durante comandos de aborto e separação em caso de falha no primeiro estágio. A Boeing está na cola da SpaceX, com o voo não-tripulado da Starliner previsto para abril e o tripulado para agosto. Serão, sem dúvida, missões históricas para a exploração espacial.

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