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Cérebro bom não pensa

Os golfistas haviam adquirido a habilidade de tornar o movimento automático.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 30 nov 2003, 22h00
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  • Rodrigo Rezende

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    Você lembra o que estava pensando na última vez em que errou um pênalti? Se você lembra, seu problema pode estar aí mesmo. O que se deve pensar nessa hora crítica é em algo bem mais simples: nada. Este é o resultado de um estudo científico dos neurologistas John Milton, da Universidade de Chicago, e Debbie Crews, da Universidade do Estado de Arizona.

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    A descoberta aconteceu quando eles monitoravam o cérebro de jogadores de golfe profissional no momento da tacada. Por meio de ressonância magnética, eles perceberam uma baixa atividade cerebral, sobretudo nas áreas que controlam o pensamento consciente. Os golfistas haviam adquirido a habilidade de tornar o movimento automático.

    O resultado oposto foi verificado em testes com amadores, que apresentavam muito mais atividade cerebral.

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    “Sabemos muito pouco de como o cérebro programa tão rapidamente movimentos de alta habilidade como esses. E são movimentos assim – uma tacada de golfe, acertar o anzol no meio do lago, tocar um instrumento musical – que tornam a vida agradável”, diz Milton.

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    Além de ajudar os peladeiros a acertar mais pênaltis, a pesquisa dos neurologistas tem grande valor para as vítimas de derrame cerebral. A ressonância mostrou que, antes da tacada, os golfistas imaginam a trajetória futura da bola. As áreas cerebrais ativadas nesse momento são as mesmas responsáveis pela execução da tacada em si.

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    Essa propriedade do cérebro pode ajudar os médicos a criar um tipo de fisioterapia baseada mais em exercícios mentais do que físicos. Isso poderia ajudar um paciente que teve danos cerebrais a reaprender a andar, por exemplo. É uma fisioterapia capaz de “transformar o sistema nervoso somente pela imaginação”, diz Gilberto Fernando Xavier, professor de neurofisiologia da Universidade de São Paulo. “Quanto mais se compreende o funcionamento do cérebro, mais estratégias fisioterápicas tornam-se possíveis”, afirma o professor Gilberto.

    O próximo objetivo da equipe americana é observar as mudanças ocorridas no cérebro de esportistas amadores enquanto treinam durante um ano. Espera-se que eles “pensem” cada vez menos, à medida que melhorem seu rendimento em campo. Como se vê, o golfe é mesmo uma caixinha de surpresas.

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