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Cientista flagra polvo trocando de cor enquanto dorme

E o melhor: segundo o especialista, há chances de que o molusco estivesse sonhando; veja vídeo.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 7 out 2019, 16h09 - Publicado em 4 out 2019, 18h53

Assim como os camaleões e lagartos, certos tipos de moluscos também são capazes de incorporar disfarces e trocar sua cor natural. A diferença é que polvos, lulas e sépias conseguem fazer isso de uma hora para a outra, adaptando sua coloração ao ambiente ao redor de forma praticamente instantânea. E o curioso é que eles não precisam estar acordados para ativar uma nova paleta.

É o que mostra este vídeo da TV Americana PBS. No trecho a seguir, retirado do documentário Octopus: making contact, você pode acompanhar o sono multicolorido de Heidi, uma fêmea de polvo que descansa (de cabeça para baixo) enquanto troca rapidamente do amarelo ao marrom escuro – passando por cinza e branco.

“Na noite passada, observei algo que jamais havia sido registrado”, comenta no vídeo David Scheel, biólogo marinho da Alaska Pacific University, nos EUA. “É um comportamento muito incomum ver sua cor surgir e desaparecer dessa forma”, diz Scheel, que mantém Heidi em um aquário em sua própria casa.

Ao longo do vídeo, o biólogo tenta imaginar um pano de fundo para o cochilo de Heidi, que justifique as trocas súbitas de cor – como a possibilidade de que o bicho estivesse sonhando, e as cores acompanhassem os estímulos de dentro de sua cabeça.

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“Ela avista um caranguejo e sua cor começa a mudar levemente. Então, fica completamente escura – polvos têm esse comportamento quando deixam o fundo do mar”, explica Scheel. “É como se ela tivesse derrotado um caranguejo e agora vai sentar para comê-lo, e não quer que ninguém a perceba”.

Dá para notar também outra característica única da camuflagem de polvos. Além de trocar de cor de uma hora para a outra, os moluscos conseguem alterar a textura de sua “pele”. Isso fica bem claro no vídeo: quando está em uma cor amarelada, Heidi projeta estruturas chamadas papilas, que crescem de tamanho. O efeito disso faz as tais papilas parecerem espécie de espinhos, uma tentativa de polvos se passarem por pedras para predadores ou potenciais presas.

A hipótese de que o molusco de fato é capaz de sonhar – e, principalmente, se consegue mudar de cor durante o sonho – ainda não foi confirmada por pesquisas científicas. O fato é que, se esse for mesmo o caso, já temos uma pista do que se passa durante o soninho dos polvos. “Se ela de fato está sonhando, o sonho é esse [que descrevi]”, ri o pesquisador.

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