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Cientistas afirmam: vivemos a Era da Humanidade

Estamos causando uma extinção - e ela é como nenhuma outra

Por Fábio Marton
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 1 jul 2015, 18h37
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  • Saiu na semana passada: de acordo com um estudo da Universidade de Stanford, estamos sem sombra de dúvida vivendo a sexta grande extinção. Espécies estão morrendo cem vezes mais rápido que a média. Não desapareciam tantas formas de vida assim desde o fim dos dinossauros.

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    O que acontece quando muitos animais e plantas são extintos em pouco tempo? Do ponto de vista da geologia, é o início de outra era – através das registros fósseis nas camadas do subsolo, é possível perceber quando um grupo de animais desaparece  e – milhões de anos depois – outro surge para ocupar os lugares vagos. A extinção marca a passagem para o Antropoceno, a “era da humanidade, termo criado em 2000 por Paul Crutzen, químico atmosférico ganhador do Prêmio Nobel.  

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    Esta semana, outro estudo, publicado por pesquisadores da Universidade de Leicester (Reino Unido) buscou entender o que exatamente está acontecendo no Antropoceno. Perceberam que algumas características da extinção atual nunca ocorreram em transições catastróficas anteriores. Segundo os cientistas, nunca antes o mundo viu:

    “Pensamos nas maiores mudanças na biosfera como os grandes eventos de extinção, que encerraram os dinossauros no final do Período Cretáceo”, afirma o professor Mark Williams, que conduziu o estudo. “Mas as mudanças que estão acontecendo na biosfera hoje podem ser muito mais significativas, movidas pelas ações de uma espécie, a humana.”

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    Williams acredita que a reviravolta no mundo causada por nós é a maior desde o surgimento de micro-organismos capazes de fazer fotossíntese, há 2,4 bilhões de anos. Isso oxigenou a atmosfera da Terra e abriu espaço para a vida como conhecemos. É uma honra duvidosa ser responsável por um evento na direção oposta.

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    E onde termina isso? Williams e sua equipe não sugerem nada, mas o ecologista Paul Ehrlich, coautor da pesquisa citada no início, sobre a velocidade da extinção, afirmou que “a humanidade está serrando o galho em que está sentada”. Ele também acredita que, nesta grande extinção, nossa própria espécie será uma das primeiras a comer capim pela raiz. Talvez o Antropoceno acabe por ser a era geológica não apenas mais revolucionária, como a mais curta. Pena que não vai sobrar ninguém para batizar a próxima.

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    Referências:

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    1)Accelerated modern human–induced species losses: Entering the sixth mass extinction, Geraldo Ceballos, Paul R. Ehrlich et al, Science Magazine, https://advances.sciencemag.org/content/1/5/e1400253.full
    2) The Anthropocene Biosphere, Mark Williams et. al, The Anthropocene Review, https://anr.sagepub.com/content/early/2015/06/17/2053019615591020
    3) Extreme makeover: Humankind’s unprecedented transformation of Earth, ScienceDaily, https://www.sciencedaily.com/releases/2015/06/150629080158.htm

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