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Cientistas conseguem apagar memórias ruins em ratos

Eles descobriram que, manipulando um neurotransmissor, conseguem deletar traumas e até reforçar memórias boas

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h03 - Publicado em 5 Maio 2016, 19h15
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  • Apagar um trauma pode se tornar possível em breve. Pesquisadores da Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, conseguiram manipular com sucesso a memória em testes com ratinhos, controlando a liberação de acetilcolina, um neurotransmissor que participa dos processos de fixação da memória e de aprendizagem.

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    No experimento, os ratos tomavam pequenos choques, que levavam o cérebro a criar uma memória negativa (e também os deixava bem assustados). Depois, os cientistas reduziram a quantidade de acetilcolina que era produzida no cérebro a níveis bem mais baixos do que o normal.

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    Os pesquisadores notaram que, conforme reduziam a presença do neurotransmissor, a memória dos ratos era deletada e eles não demonstravam mais medo algum. O método dos cientistas usa mapeamentos do cérebro realizados pelo MIT para conseguir mirar em uma memória específica a ser apagada.

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    Mas a descoberta deles não se limita a deletar memórias. Ao invés de reduzir a produção de acetilcolina, eles fizeram o teste de aumentar a quantidade do neurotransmissor – e com isso, prolongaram a memória de curta duração dos ratinhos que, em geral, só lembram de eventos corriqueiros por no máximo 2 horas.

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    Os cientistas esperam fazer testes em humanos daqui a alguns anos e imaginam que a descoberta possa ter uma função dupla para promover a saúde mental. Com o mecanismo do esquecimento, eles esperam melhorar quadros de transtorno de estresse pós-traumático, em que os pacientes revivem memórias perturbadores.

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    Com o efeito oposto, os pesquisadores querem ajudar pacientes com Alzheimer e outras formas de demência que prejudicam a memória. Quem sofre com essas doenças tem dificuldades de lembrar fatos do dia a dia e, se a manipulação de acetilcolina continuar a se mostrar promissora, o transmissor pode driblar o problema e levar o cérebro a guardar essas informações por mais tempo.

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