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Como se determina o nível de um furacão?

No domingo, o furacão Dorian estava na categoria 5. Agora, ele já caiu para a categoria 2. Entenda de onde vem esses índices e o que pode afetá-los.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 3 set 2019, 20h16 - Publicado em 3 set 2019, 18h17
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  • A passagem do furacão Dorian pelas Bahamas no último domingo (1) causou um dos desastres mais agressivos da história do arquipélago.

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    Dorian, agora, caminha pela costa da Flórida, nos Estados Unidos – mas já perdeu muito de sua força. Quando devastou o Caribe, o sistema se encontrava na categoria 5, o mais alto nível de classificação para furacões. A menor intensidade dos últimos dias o fez ser reclassificado e cair para a categoria 2, que indica um poder menor de devastação.

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    Mas como um furacão pode sofrer uma mudança tão drástica em tão pouco tempo? E o que determina a categoria em que será classificado?

    É bom lembrar que Dorian ainda representa um grande risco. Mais de um milhão de pessoas receberam recomendação de deixar a costa dos Estados Unidos, onde 1,5 mil voos foram cancelados. Estamos acostumados a associar o nível de um furacão diretamente ao seu grau de destruição, mas, se formos ser mais diretos, a verdade é que estamos falando de velocidade.

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    A Escala Saffir-Simpson é a régua usada mundialmente para classificar furacões. Ela foi criada pelo engenheiro Herbert Saffir e o meteorologista Robert Simpson em 1971, e se baseia unicamente na velocidade dos ventos produzidos pelo furacão. A velocidade mínima de cada categoria deve ser mantida por pelo menos um minuto para que o furacão seja classificado naquele nível.

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    Um furacão nada mais é do que um ciclone com um “extra”. O ciclone em si é um sistema de ventos, chuvas e tempestades formados no atlântico com um centro de menor pressão — o olho do furacão. Para ser chamado “furacão”, seus ventos precisam ter no mínimo 119 quilômetros por hora. Se a velocidade dos ventos gerados estiver abaixo do nível mínimo, ele é classificado como tempestade tropical.

    A primeira categoria, o nível 1, começa aos 119 km/h e vai até 153 km/h. Já na quinta categoria, a mais grave de todas, o furacão precisa ter ventos de, no mínimo, 252 km/h.

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    Isso significa que o furacão pode facilmente mudar de categoria ao longo de sua vida — basta que os seus ventos percam velocidade. Isso depende principalmente da temperatura e umidade, que é o “combustível” dos furacões. Quando o furacão se aproxima do continente, ele perde a umidade do mar e diminui em força. Por isso os maiores estragos normalmente ocorrem nas ilhas, onde há níveis maiores de umidade.

    Alguns cientistas defendem a criação de uma sexta categoria. Isso porque alguns furacões já mostraram ter força muito acima do nível 5. Oito ciclones, aliás, já detectaram velocidades maiores que 290 km/h — o Dorian é um deles: chegou a 295 km/h. 

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    E, com o aumento das temperaturas médias da Terra decorrente do aquecimento global, a tendência é que ventanias do tipo se tornem cada vez mais comuns. Em entrevista ao jornal LA Times, o pesquisador Timothy Hall, da Nasa, explicou que o aumento da temperatura dos oceanos fornece mais combustível aos furacões, que tendem a aumentar de velocidade. Segundo o cientista, ao final do século podemos ter furacões de até 370 km/h, o suficiente para fazer carros voarem.

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