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Ciência

Conheça os móveis feitos de cogumelo

Mesas, cadeiras e enfeites de luxo - mas em vez de serem construídos, esses móveis são cultivados (com fungos).

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 dez 2016, 15h25

Marcenaria de luxo, só que cheia de fungos. Essa é a proposta da empresa Ecovative Design (uma mistura de ecológico e inovador, em português). Usando micélio, os filamentos dos cogumelos que crescem e se expandem no solo (ou no corpo do hospedeiro, se for outro tipo de fungo), a Ecovative cria tecidos e estruturas em forma de móveis. De quebra, a matéria-prima para os fungos são restos agrícolas e os utensílios são biodegradáveis. Acima de tudo, porém, eles conseguem algo que é difícil em materiais sustentáveis: são bonitos para caramba.

Tecido, estrutura, espuma: superfícies completamente diferentes, que fungos são capazes de criar sozinhos. Tirar vantagem dessa habilidade para entrar em uma indústria que trabalha com plástico, madeira e plástico é o objetivo da <a href="https://interiors.ecovativedesign.com/">Ecovative Design</a>.
1/9 Tecido, estrutura, espuma: superfícies completamente diferentes, que fungos são capazes de criar sozinhos. Tirar vantagem dessa habilidade para entrar em uma indústria que trabalha com plástico, madeira e plástico é o objetivo da Ecovative Design. ()
A linha de móveis usa o micélio, parte dos cogumelos que vai incorporando partículas do solo enquanto cresce solo adentro. Por isso, micélio funciona como uma cola natural.
2/9 A linha de móveis usa o micélio, parte dos cogumelos que vai incorporando partículas do solo enquanto cresce solo adentro. Por isso, micélio funciona como uma cola natural. ()
O que a empresa faz é juntar o micélio a uma série de fibras de celulose como linho, canola, cânhamo, mas também lascas de madeira convencional, seja macia ou de lei. Essa mistura vai sendo incorporada e moldada como o designer quiser.
3/9 O que a empresa faz é juntar o micélio a uma série de fibras de celulose como linho, canola, cânhamo, mas também lascas de madeira convencional, seja macia ou de lei. Essa mistura vai sendo incorporada e moldada como o designer quiser. (Divulgação)
O resultado são estruturas firmes - braços de cadeira, apoio de mesa - e totalmente biodegradáveis. As superfícies também podem ser texturizadas, pintadas ou laminadas para lembrar madeira ou mármore convencional.
4/9 O resultado são estruturas firmes - braços de cadeira, apoio de mesa - e totalmente biodegradáveis. As superfícies também podem ser texturizadas, pintadas ou laminadas para lembrar madeira ou mármore convencional. (Divulgação)
O CEO da Ecovative Design, Eben Bayer, teve a ideia quando teve que cultivar fungos no seu quarto para a faculdade. Quando percebeu o potencial do micélio, começou a tentar produzir o material em grande escala.
5/9 O CEO da Ecovative Design, Eben Bayer, teve a ideia quando teve que cultivar fungos no seu quarto para a faculdade. Quando percebeu o potencial do micélio, começou a tentar produzir o material em grande escala. ()
Além de estrutura para móveis, a empresa também cria a Micoespuma (mico igual ao de micose, mesmo). A ideia é substituir o isopor que usamos no pacote de eletrônicos e na embalagem de vinhos, por exemplo. A Microespuma chegou a ser usada pela Dell em uma parceria entre as companhias.
6/9 Além de estrutura para móveis, a empresa também cria a Micoespuma (mico igual ao de micose, mesmo). A ideia é substituir o isopor que usamos no pacote de eletrônicos e na embalagem de vinhos, por exemplo. A Microespuma chegou a ser usada pela Dell em uma parceria entre as companhias. (Divulgação)
Não são só os produtos de fungos que são interessantes: o processo de criação pode ser ótimo para outras indústrias. A resina natural formada pelo micélio não precisa de condições extremas de temperatura ou pressão, o que reduz custos de produção.
7/9 Não são só os produtos de fungos que são interessantes: o processo de criação pode ser ótimo para outras indústrias. A resina natural formada pelo micélio não precisa de condições extremas de temperatura ou pressão, o que reduz custos de produção. (Divulgação)
Até agora, a empresa já produziu paineis de parede, assentos e apoios de costas para cadeiras, mesas de jantar de luxo (que custam mais de US$ 1 mil), luminárias, portas e armários.
8/9 Até agora, a empresa já produziu paineis de parede, assentos e apoios de costas para cadeiras, mesas de jantar de luxo (que custam mais de US$ 1 mil), luminárias, portas e armários. (Divulgação)
A Ecovative Design não vende só móveis: eles também criaram um pacote chamado de Cultive Você Mesmo (ao invés de Faça Você Mesmo). É um saquinho que vem com lascas de madeira e fungos. Você adiciona farinha e água, chacolha, molda objetos simples e põe no forno - <a href="https://giy.ecovativedesign.com/#section-how-to-video" target="_blank">igualzinho a uma receita de bolo</a>. E eles garantem que, ao final da produção, os fungos param se crescer: assim você não precisa se preocupar com um champignon nascendo na sua cadeira.
9/9 A Ecovative Design não vende só móveis: eles também criaram um pacote chamado de Cultive Você Mesmo (ao invés de Faça Você Mesmo). É um saquinho que vem com lascas de madeira e fungos. Você adiciona farinha e água, chacolha, molda objetos simples e põe no forno - igualzinho a uma receita de bolo. E eles garantem que, ao final da produção, os fungos param se crescer: assim você não precisa se preocupar com um champignon nascendo na sua cadeira. (Divulgação)

 

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