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Descobertos dois novos tipos de vírus no Brasil

Eles são tão grandes e tão geneticamente complexos que talvez seja necessário repensar exatamente o conceito de vírus

Por Lucas Baranyi
28 fev 2018, 17h05
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  • Cientistas descobriram dois novos tipos de vírus no Brasil – e eles são tão grandes e tão geneticamente complexos que talvez seja necessário repensar exatamente o conceito de vírus.

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    Os dois novos tipos – chamados de Tupanvirus, em ‘homenagem’ ao Deus da mitologia guaraní Tupã, não ameaçam humanos – mas sua simples existência pode mudar os rumos da ciência: eles estão entre os maiores já encontrados e contêm mais capacidade de produzir proteínas do que qualquer outro vírus da história – 1,4 mil tipos diferentes, para ser mais exato.

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    Esse aparato coloca o Tupanvirus na família de Mimiviridae, criada depois da descoberta do Mimivírus em 2003; na época, ele foi considerado o vírus com maior diâmetro de cápside – o invólucro de origem proteica que protege e facilita a proliferação do vírus. Antes dele, os agentes biológicos eram totalmente separados de criaturas ‘vivas’, considerando sua inabilidade de sintetizar proteínas (e, assim, produzir energia própria), sendo essa uma das razões para que cientistas os excluíssem da classificação de vida celular.

    A complexidade genética do Mimivírus, porém – e de outros vírus gigantes descobertos posteriormente – desafiou essa barreira teórica.

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    As cadeias genéticas do Tupanvirus não apenas têm quase todos os genes necessários para a produção de proteína: 30% de seu genoma é desconhecido pela ciência. A boa notícia, no caso, é que ele só representa ameaça para amebas.

    Em entrevista ao Estadão, um dos autores do estudo, o professor Jônatas Abrahão, da Universidade Federal de Minas Gerais, explica que o Tupanvirus foi encontrado duas vezes, ambas em ambientes aquáticos. O primeiro, coletado por Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, estava nas águas da Nhecolância, em Corumbá (MS). Já o outro foi identificado em sedimentos marinhos apanhados pela Petrobrás na área da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro,

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    As descobertas foram publicadas no periódico Nature Communications.

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