Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Destroços de satélite destruído pela Índia podem atingir Estação Espacial

O risco de colisão com a Estação Espacial Internacional (onde há astronautas neste momento) está 44% maior que a média.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 abr 2019, 18h02 - Publicado em 2 abr 2019, 17h24
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em 27 de março, as forças armadas da Índia testaram com sucesso um novo míssil, especializado em abater objetos na órbita da Terra. O alvo foi um satélite artificial da própria Índia, a aproximadamente 300 km de altitude. Ele foi atingido pelo projétil, explodiu e se fragmentou. O teste foi anunciado na TV pelo primeiro-ministro Narendra Modi.

    Publicidade

    Esse tipo de míssil, chamado ASAT, foi idealizado durante a Guerra Fria, quando satélites artificiais de uso militar se tornaram alvos relevantes – e se tornou prioridade de investimento a partir da década de 1980. Até então, só Estados Unidos, Rússia e China dominavam a tecnologia, o que torna o avanço indiano motivo de preocupação diplomática. Mísseis ASAT nunca foram utilizados em um conflito militar real.

    Publicidade

    Nesta segunda (1º), Jim Bridenstine, administrador da Nasa, fez um comunicado à imprensa sobre as consequências do teste. A agência espacial americana está monitorando exatamente 60 pedaços do satélite indiano destruído – os mais graúdos, que têm potencial para causar danos caso colidam com satélites operacionais nas redondezas.

    Destes, 24 subiram a altitudes iguais ou maiores à da Estação Espacial Internacional (ISS), onde há astronautas neste exato momento. O risco de colisão da ISS está 44% maior que a média e se manterá neste patamar por aproximadamente 10 dias – período necessário para que o grosso dos destroços caia e se desintegre na atmosfera terrestre.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “É algo terrível, realmente terrível, gerar um evento que arremesse destroços acima da órbita da ISS”, afirmou Bridenstine. “Esse tipo de atividade não é compatível com o futuro da exploração espacial humana.” Mesmo uma caixa de leite é um obstáculo perigoso na velocidade da ISS – ela percorre 7,5 quilômetros por segundo. Velocidades altas amplificam muito o impacto de colisões.

    No dia do teste, um comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Índia garantiu que o teste foi feito de maneira a gerar o menor número possível de destroços: “Qualquer fragmento vai cair em direção à Terra em questão de semanas.” Era impossível garantir, porém, que nada acontecesse durante as tais semanas, enquanto os pedaços do satélite atingido ainda estivessem a uma altitude razoável.

    Publicidade

    A ISS está acostumada a navegar em um mar de lixo: no momento, a NASA rastreia 23 mil objetos maiores que 10 cm na órbita da Terra, 10 mil dos quais são lixo espacial. Destes, 3 mil foram gerados por um teste muito similar ao indiano, feito pela China em 2007.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.