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Digital anal, sommeliers de rochas e aranhas zumbis: conheça os vencedores do IgNobel 2023

A versão "deturpada" do Nobel premia as pesquisas mais bizarras do ano. Veja quais foram os laureados desta edição.

Por Caio César Pereira
Atualizado em 19 set 2023, 18h55 - Publicado em 19 set 2023, 18h49
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  • Imagine receber um prêmio por tentar explicar por que paleontólogos lambem pedras. Não, você não leu errado. Foi exatamente isso que aconteceu na 33º cerimônia do prêmio IgNobel. Desde 1991, ele homenageia as pesquisas científicas mais bizarras do ano.

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    Com o slogan “por realizações que primeiro fazem as pessoas rir, para depois as fazerem pensar”, a premiação é organizada pela revista Annals of Improbable Research (Anais das Pesquisas Improváveis), com o objetivo de celebrar o incomum e homenagear o que é imaginativo. Dessa forma, a revista acredita poder estimular o interesse das pessoas pela ciência, medicina e tecnologia.

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    O prêmio costumava ter uma cerimônia de entrega pomposa no teatro Sanders da Universidade de Harvard; mas, desde o começo da pandemia, ocorre somente de forma virtual. O prêmio contempla diferentes áreas, e é entregue por vencedores do prêmio Nobel de verdade. 

    Confira os vencedores deste ano e decida por si mesmo qual dessas pesquisas merece o troféu da mais estranha de todas.

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    Palavras, apenas palavras

    Na categoria de literatura, o prêmio foi para pesquisadores que desenvolveram uma análise sobre como uma palavra repetida várias vezes seguidas pode proporcionar sensações novas (e estranhas) para as pessoas. O fenômeno, batizado de “jamais vu” (o contrário de “déjà-vu”), é caracterizado quando algo até então familiar parece por um momento completamente desconhecido.

    É possível que você já tenha tido essa sensação. Os participantes relataram que, após repetirem palavras como “porta” e “dinheiro” por 30 vezes, elas pareciam perder o sentido – um efeito cunhado pelos pesquisadores como saciedade semântica.

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    Também dentro da linguagem, outra premiação curiosa foi para a categoria de comunicação. Pesquisadores mapearam o cérebro de duas pessoas que aprenderam a falar de trás para frente. Elas invertem ou embaralham a ordem dos fonemas das palavras, de modo que um “Hola, que tal?” vira algo parecido com um feitiço: “Aloh, euq lat”.

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    De sommeliers de rochas a aranhas zumbis

    O vencedor na categoria Química/Biologia foi o geólogo Jan Zalasiewicz, da Universidade de de Leicester, por um ensaio em que ele busca explicar a razão pela qual os paleontólogos e geólogos costumam lamber rochas durante suas pesquisas.

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    Aqui vai a explicação: quando as rochas estão molhadas (nesse caso, de saliva), sua textura da superfície ficam mais evidentes. Dessa forma, lamber é uma maneira rápida e fácil de distiguir se aquilo é uma rocha ou um fóssil. 

    Já na categoria de engenharia mecânica, o prêmio foi para um grupo de pesquisadores que conseguiu utilizar aranhas mortas como ferramentas para agarrar objetos.  Eles descobriram que, ao aplicar uma determinada pressão, suas patas podem abrir e fechar, podendo agarrar objetos com até 130% o peso da própria aranha.

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    O cheiro do sucesso

    Na categoria de Medicina, o prêmio foi para um grupo de pesquisadores que contou o numero de pelos dentro do nariz de cadáveres. Por mais bizarro que possa parecer, a pesquisa foi feita para tentar entender como doenças como alopecia ou queda de cabelo afeta a saúde das pessoas. Em média, cada indivíduo tem até 120 pelos em cada narina.

    Já o prêmio de saúde pública foi para uma espécie de impressão digital anal. O agraciado foi o urologista Seung-min Park, que desenvolveu uma tecnologia de vaso sanitário capaz de analisar os excrementos das pessoas. Utilizando desde câmeras até sensores de movimento, a tecnologia busca traçar sinais de doenças no organismo.

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    Não olhe para cima

    O prêmio de psicologia foi para um grupo de psicólogos americanos que investigou por que as pessoas em uma multidão olham para cima se outras pessoas ao redor também estiverem olhando. Stanley Milgram estava entre os vencedores, aquele pesquisador famoso pelo experimento de Milgram, sobre como as pessoas poderiam tomar atitudes assustadoras em situações de pressão extrema.

    Já no campo da educação, houve uma vitória simbólica para alunos de todo o mundo. Os pesquisadores identificaram que o tédio dos professores em sala de aula pode influenciar os alunos a também se sentirem entediados. Não só isso. Caso o professor avise que a aula será chata, os alunos também tendem a se sentirem desmotivados.

    A vida sexual das anchovas

    O prêmio de física foi para os humanos, mas deveria ser entregue às anchovas. Pesquisadores descobriram que a atividade sexual e de desova desses peixes faz circular os nutrientes e oxigênio na água. Isso pode afetar a mistura dos componentes do mar, influenciando diretamente na saúde dos oceanos e até na circulação das correntes marítimas.

    Por fim, caso você queira um tempero diferente na sua comida, experimente usar hashis e canudos eletrificados. Os vencedores do prêmio de nutrição mostraram que dar o choque em alimentos pode mudar de forma imediata o seu sabor. Uma alternativa de tempero diferente, caso você queira testar novas coisas na cozinha.

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