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Dupla de cientistas acredita que já achamos vida no espaço

Chandra Wickramasinghe queria mandar detectores de vida em missão espacial

Por Fábio Marton
Atualizado em 7 mar 2024, 16h29 - Publicado em 7 jul 2015, 21h09
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    Astrônomos, astrofísicos, astrobiólogos – vai ver, até astrólogos – estão otimistas. Meses atrás, a cientista Elen Stofan, da Nasa, anunciou que acredita que vamos achar vida no espaço em, no máximo, 30 anos. Mas e se já encontramos?

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    Não estamos falando daquela previsão que fizemos em 1999 aqui na SUPER. Os possíveis descobridores não são da Nasa, mas da Agência Espacial Europeia (ESA), e o candidato não é nenhum planeta, mas o cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, que está recebendo uma incrível visita da nave Phillae e a sua sonda, a Rosetta.

    O astrobiólogo Chandra Wickramasinghe, da Universidade de Buckingham, e Max Wallis, da Universidade de Cardiff, dizem que pode haver vida lá, e só não detectamos por falta de equipamento. O primeiro participou do projeto da missão da ESA, há 15 anos. Então, ele sugeriu que aparelhos para detecção de vida fossem enviados, mas a proposta foi recebida com gargalhadas.

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    Segundo eles, uma característica única do cometa, uma crosta negra de material orgânico, poderia ser explicada por micro-organismos extremófilos, capazes de suportar os ciclos de congelamento e descongelamento no espaço. Os micro-organismos se tornariam ativos e se reproduziriam quando o cometa se aproxima do Sol, fazendo o gelo derreter.

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    “[A sonda] Rosseta já mostrou que o cometa não deve ser visto como um objeto inativo congelado, mas que suporta processos geológicos e pode ser mais habitável para vida microscópica que nossas regiões ártica e antártica”, afirma Wallis.

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    A proposta foi recebida com extremo ceticismo. Ninguém da ESA acredita que o cometa possa ter vida. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Wickramasinghe rebateu: “Cinco séculos atrás, foi uma luta fazer com que as pessoas aceitassem que a Terra não é o centro do universo. Depois dessa revolução, nosso pensamento continuou centrado na Terra em relação à vida e a biologia. Isso está profundamente enraizado em nossa cultura científica e precisará de um bocado de evidência para ser superado”.

    Estaremos mesmo diante de um novo Copérnico? Nascido no Sri Lanka, o astrobiólogo já causou muita controvérsia ao afirmar, entre outras, que o vírus da síndrome respiratória aguda severa (a SARS) veio do espaço.

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    Referências:

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    1) Do micro-organisms explain features on comets?, Royal Astronomical Society: https://www.ras.org.uk/news-and-press/2654-do-micro-organisms-explain-features-on-comets

    2) Philae comet could be home to alien life, say scientists, The Guardian:  https://www.theguardian.com/science/2015/jul/06/philae-comet-could-be-home-to-alien-life-say-top-scientists

     

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