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E se… Pudéssemos nos teletransportar?

Daí a sonhar com pessoas e coisas viajando de um lugar para outro, como no filme Jornada nas Estrelas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 31 Maio 2002, 22h00
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  • Renata de Gáspari Valdejão

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    Pouca gente sabe, mas o teletransporte saiu das páginas da ficção científica e virou realidade. Em alguns centros de pesquisa os cientistas já conseguiram transmitir matéria de um lugar para outro. Mas não pense em pessoas sumindo em uma cabine e aparecendo em outra. Essa tecnologia, chamada também de teleportação, está engatinhando. Até agora, o que se conseguiu foi transmitir as propriedades de um fóton – uma partícula luminosa – para outro, por um feixe de luz. Ou seja, os cientistas fizeram um grãozinho de matéria sumir aqui e reaparecer ali, igualzinho.

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    Daí a sonhar com pessoas e coisas viajando de um lugar para outro, como no filme Jornada nas Estrelas, vai um grande salto tecnológico. Convidados a especular, físicos torcem o nariz. “Objetos complexos têm uma carga enorme de informações e uma dinâmica interna que as modifica. Isso tornaria difícil a realização do processo”, afirma Frederico Firmo de Souza Cruz, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina. Difícil, mas não impossível.

    E como seria o teletransporte? Consideremos dois objetos, um em São Paulo e outro em Londres. A teleportação não é o deslocamento do primeiro objeto, mas sim sua desmaterialização em São Paulo e o envio de suas informações, com as quais o objeto é reconstruído em Londres, usando os átomos que lá estão. No caso de um ser humano, sua massa seria transformada em dados e, após a destruição da pessoa, seria necessário haver uma “cópia”, um clone, no destino. Ou seja, a técnica da clonagem humana também precisaria se desenvolver.

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    Mas nada disso aconteceria sem um tremendo avanço da informática. Um grama de uma pessoa tem um número de átomos equivalente ao algarismo 1 seguido de 24 zeros. “Para viabilizar o teletransporte, precisaria haver um computador capaz de localizar esses átomos e gravar suas informações. Hoje, nem todos os computadores do mundo, juntos, conseguiriam fazer isso”, afirma Odylio Denys de Aguiar, pesquisador titular da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além disso, há teoremas demonstrando ser impossível gerar esses “clones quânticos” com fidelidade de 100%. Já pensou tornar realidade o enredo do filme A Mosca da Cabeça Branca (refilmado depois como A Mosca)? Na fita, um cientista testa o teletransporte em si mesmo e tem seu corpo misturado com o de uma mosca que entrou na cabine.

    Mas, e se, um dia, a teleportação fosse segura e barata? A primeira conseqüência seria uma redução no preço dos produtos, que hoje devem boa parte do seu custo ao transporte. A vida nas grandes cidades também melhoraria muito. Sem os carros nas ruas, acabariam duas das maiores mazelas das metrópoles: o trânsito e a poluição atmosférica. Em São Paulo, 94% das emissões de monóxido de carbono vêm de veículos motorizados.

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    Depois de algum tempo, poderíamos até explorar pessoalmente o universo, pois seria possível teleportar sondas espaciais à velocidade da luz para qualquer lugar desejado.

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