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Esse beija-flor consegue “mudar” de cor; entenda como

A coloração do beija-flor-de-anna não vem de um pigmento, e sim da forma como a luz é refletida em suas penas. Veja vídeo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 set 2025, 11h42 - Publicado em 5 set 2025, 10h00

O pássaro que você vê acima é o Calypte anna, conhecido como beija-flor-de-cabeça-magenta ou beija-flor-de-anna. Nativo da costa oeste da América do Norte, ele foi descrito pela primeira vez em 1829 pelo ornitólogo francês René Lesson, que nomeou a espécie em homenagem à duquesa Anna Debelle, também francesa.

Essas pequenas e simpáticas aves chamam a atenção por uma característica que parece ser um superpoder: suas penas parecem trocar de cor dependendo do ângulo e da incidência de luz. Outras espécies aparentadas, como o beija-flor-garganta-de-fogo e o beija-flor-violeta, também apresentam essa peculiaridade, incluindo cores como magenta, verde, vermelho e até roxo. 

O mais curioso é que essas cores não são frutos de pigmentos distintos presentes na penugem dos pássaros. Na verdade, o fenômeno consiste numa espécie de ilusão de ótica causada por estruturas microscópicas nas penas desses beija-flores chamadas de bárbulas. Compostas por várias camadas de queratina, elas funcionam como pequenos prismas, refletindo a luz solar de forma distinta dependendo do ângulo com que os raios chegam.

Como os beija-flores são animais agitados – não costumam ficar parados na mesma posição –, o resultado é um verdadeiro show de cores diferentes. 

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Embora as fêmeas tenham uma certa variedade de cores, a iridescência é muito maior e mais forte entre os indivíduos machos da espécie. Isso indica que a característica é fruto de seleção sexual: machos mais coloridos e deslumbrantes atraem mais fêmeas e procriam mais. 

A característica é afetada pela dieta: um estudo de 2012 descobriu que machos que consomem mais proteínas e nutrientes em geral têm cores mais vibrantes e mais iridescência. Isso também é uma vantagem evolutiva: quanto mais colorido, mais o indivíduo sinaliza para possíveis parceiras ou rivais machos que é saudável. 

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Esse não é o único “superpoder” dos beija-flores-de-anna. Assim como outros beija-flores, ele consegue entrar num estado chamado de “torpor”: uma estratégia que reduz a atividade metabólica destas aves e diminui a temperatura, permitindo que eles se adaptem a ambientes com condições adversas.  É algo parecido com a hibernação, embora mais curto (dura horas, enquanto a hibernação pode durar semanas ou meses).

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