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Estudo questiona habilidade social de criança que fala verdade ou mentira

Meninos e meninas que dizem sempre a verdade são julgados com maior severidade do que aqueles que mentem por educação.

Por Alexandre Carvalho
Atualizado em 13 out 2022, 18h48 - Publicado em 13 out 2022, 18h47
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  • Criança é um bicho capaz de deixar qualquer um desconcertado. Ganha um presente daquela tia que aperta suas bochechas e diz na hora: “é roupa, não gostei”. Vê um homem na rua e dispara: “olha, mãe, que moço mais feio”. Isso na cara da pessoa. Quando é advertida por isso, tem a resposta na ponta da língua: “mas você diz que é para eu sempre falar a verdade…”. 

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    E não é traquinagem. Foi a orientação que ela recebeu mesmo. Mas a ciência acaba de comprovar que tanta sinceridade não costuma ser recompensada. Pelo contrário.

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    Um estudo publicado no Journal of Moral Education, do Reino Unido, revelou que meninas e meninos que costumam dizer a verdade, independentemente do contexto, são julgados com mais severidade pelos adultos do que aquelas que mentem por educação.

    “A maioria dos pais ficará constrangida ou chateada com a honestidade brutal de seus filhos em algum momento”, explica a principal autora do estudo, Dra. Laure Brimbal, da Universidade Estadual do Texas. “Aprender a contar mentiras é uma parte normal do desenvolvimento social das crianças.”

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    A pesquisadora aponta que, embora mentir para se adequar às expectativas dos outros pareça uma habilidade social importante, é difícil que as crianças entendam isso em meio às mensagens conflitantes de seus cuidadores, de que falar mentiras é algo errado.

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    Como a pesquisa foi feita

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    O estudo acompanhou 267 adultos, do nordeste dos EUA, vendo vídeos de crianças, de 6 a 15 anos, contando a verdade ou mentindo em várias situações sociais.

    Em alguns cenários, 24 crianças diferentes mentiram para proteger seus pares. Em outros, as crianças mentiram por educação – como para evitar ferir os sentimentos de alguém.

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    Depois de assistir a cada vídeo, os adultos avaliaram o caráter da criança, incluindo sua confiabilidade, gentileza, competência, simpatia, inteligência e honestidade. 

    Assumindo o papel de pais das crianças, os participantes também analisaram a probabilidade de punir ou recompensá-las por suas mentiras ou verdades.

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    Os resultados mostraram que os adultos julgaram a meninada que só falou verdades contundentes com mais severidade do que as crianças que mentiam para serem educadas. 

    Ao observar quais comportamentos os adultos recompensariam ou puniriam nas crianças, a pesquisa sugere como essas percepções moldam o processo de aprendizagem dos pequenos no sentido de se comportar de uma maneira aceitável pela sociedade.

    “Nosso estudo ilustra o grau em que os adultos são inconsistentes em suas avaliações e respostas comportamentais a crianças que mentem ou dizem a verdade”, explica Brimbal. “É provável que essas mensagens contraditórias explícitas e implícitas sobre honestidade e desonestidade atuem como influências socializadoras e moldem o comportamento das crianças”.

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