Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Experiências com animais

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 26 Maio 2012, 22h00

Eduardo Szklarz

Erro – Submeter cobaias a sofrimento intenso, muitas vezes levando-as à morte, para desenvolver produtos de consumo nada essenciais.

Quem – Cientistas do mundo todo.

Quando – Séculos 20 e 21.

Continua após a publicidade

Consequências – Dezenas de milhões de animais sacrificados anualmente com poucos resultados reais para o progresso da ciência.

Todo dia, milhares de animais ao redor do mundo são submetidos a enorme sofrimento em experiências que pretendem beneficiar a espécie humana. Na maioria, os resultados são pífios.

Segundo a FDA, agência reguladora de remédios nos EUA, 90% das drogas experimentais falham em testes clínicos com humanos. Motivo: os cientistas não conseguem prever os efeitos que elas terão em pessoas se baseando nos testes de laboratório com animais.

Continua após a publicidade

“Entre dezenas de milhões de experimentos realizados anualmente, apenas alguns contribuem para pesquisas médicas importantes”, afirma o filósofo australiano Peter Singer no livro Libertação Animal (Ed. WMF Martins Fontes). Segundo o autor, a maioria dos bichos é usada para testar produtos nada essenciais, como os de beleza.

Esse é o caso dos testes Draize, que usam coelhos para averiguar o efeito de xampus em contato com os olhos. O pesquisador puxa uma das pálpebras do animal e coloca a substância. Até aí, tudo bem, é preciso fazer testes e descobrir se um novo xampu pode acabar cegando alguém. Só que a cobaia fica imobilizada com a substância no olho por até 3 semanas! Será que precisa? Ao final do período, os danos provocados no olho do coelho são tão graves que fica impossível distinguir a íris da córnea ou da pupila.

 

 

Resultados óbvios

Testes de psicologia com animais, segundo Singer, geralmente levam a descobertas óbvias. Exemplo: ratos que recebem choques por vários dias seguidos, sem ter como escapar, desenvolvem “desesperança aprendida”. Ora, não parece ser necessário torturar os bichinhos para chegar a essa conclusão, parece?

Continua após a publicidade

Peter Singer não advoga o fim de todos os testes. Ele e outros muitos defensores do fim de testes com animais reconhecem, por exemplo, que experiências com macacos sempre foram – e continuarão sendo – importantes (leia mais no quadro à esquerda). O que eles defendem é o banimento das experiências que não sirvam a objetivos essenciais e urgentes – ou seja, a maioria.

 

 

Pobres primatas

• Macacos são as únicas criaturas do reino animal que sofrem de doenças humanas como a hepatite C. É por isso que, na opinião da maior parte dos cientistas, não se pode abrir mão desses animais como cobaias em experimentos de laboratório.

• Testes de laboratório envolvendo primatas são fundamentais, segundo os pesquisadores, para o avanço de trabalhos que tentam encontrar a cura para doenças autoimunes como a esclerose múltipla, infecciosas como a aids e neurológicas como Parkinson e Alzheimer.

Continua após a publicidade

• Na Europa, o uso de gorilas, chimpanzés e orangotangos em experimentos científicos já foi banido. Mas primatas de menor porte continuam servindo de cobaias em pesquisas sobre novos medicamentos e procedimentos cirúrgicos.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.