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Feitiço contra o feiticeiro

Uma armadilha montada em laboratório leva ao suicídio as células humanas invadidas por parasitas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 31 jan 1999, 22h00
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  • É raro ver uma idéia tão bem bolada quanto a dos cérebros liderados pelo patologista Steve Dowdy, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Eles criaram uma proteína que faz as células infectadas por parasitas se suicidarem, sem causar dano às sadias. “Eu tive a idéia enquanto dirigia a bicicleta para o trabalho”, contou Dowdy à SUPER. “Há dezessete anos, não ando de carro.” A primeira vítima da proteína-veneno foi o vírus da Aids (veja abaixo) , mas ela também vai ser usada contra a hepatite, a malária e o herpes. Os testes foram feitos com células isoladas, num tubo de ensaio. Dowdy afirma que, daqui a dois anos, ela será experimentada em pacientes.

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    1. Corta e multiplica

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    Os vírus da Aids só se reproduzem dentro das células, onde usam enzimas chamadas proteases. São tesouras químicas que cortam as proteínas celulares. Os retalhos serão usados pelo invasor para fazer novos micróbios.

    2. Veneno interno

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    Os cientistas, então, prepararam uma armadilha. No laboratório, eles sintetizaram uma proteína que tem dois pedaços. Um deles é a enzima caspase-3, capaz de provocar o suicídio da célula.

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    3. O pulo do gato

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    O outro pedaço da armadilha tem dois objetivos. Ele bloqueia a ação da caspase-3, mas, ao mesmo tempo, manda um recado químico à tesoura do vírus. É como um cartaz dizendo “corte aqui”.

    4. Morte que cai bem

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    O vírus, então, corta a proteína e libera o veneno que faz a célula explodir. Um golpe fatal para o parasita, que não conseguirá mais se multiplicar.

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    5. Entra mudo, sai calado

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    A caspase-3 não pode ser acionada se, por acaso, entrar em células saudáveis: elas não produzem as substâncias que retalham proteínas.

    6. Final feliz

    Em resumo, as moléculas-assassinas podem passear pelo corpo sem risco. Elas ameaçam os parasitas, mas poupam o paciente de efeitos colaterais.

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