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Flores-cadáver gigantes florescem no jardim botânico de Chicago

As enormes plantas da Indonésia exalam um fedor intenso para atrair insetos polinizadores – e viraram atração turística por um dia na cidade americana

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 15h22 - Publicado em 5 jun 2017, 13h10

O jardim botânico de Chicago, EUA, nunca foi um ponto turístico tão (pouco) atraente: dois de seus quatro espécimes da flor gigante Amorphophallus titanum – famosa por exalar um cheio inesquecível de carniça em decomposição – acabam de florescer. Reforço trágico: sim, foi ao mesmo tempo.

Natural da ilha de Sumatra, na Indonésia, a planta, conhecida em português como jarro-titã ou flor-cadáver, alcança até 3 m de altura e 75 kg – sua inflorescência é maior já registrada na natureza. O cheiro nauseabundo é isca para os insetos responsáveis pela polinização. 72% das florestas equatoriais do arquipélago já foram destruídas, e gigante mal cheirosa está em risco de extinção.

Vários exemplares estão distribuídos por instituições especializadas em preservação do mundo todo – mas se você tem uma curiosidade mórbida pelo cheiro, pode tirar o cavalinho do cecê: a titanum só floresce raramente, em intervalos longos e aleatórios.

Java, apelido da maior das duas flores (com 2 m de altura) tomou a dianteira e desabrochou na última terça-feira (30), às 20h38 no horário local. Segundo o jornal Chicago Tribune, Jean Franczyk, presidente do jardim botânico, passou lá na manhã da quarta-feira seguinte para cumprimentar os visitantes. “Elas são tão diferentes, são fantásticas. Parece que saíram de um desenho animado, e não da vida real.”

Chicago Botanic Garden

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Naquele dia, ainda se especulava se Sumatra, irmã menor companheira de vaso de Java, aproveitaria a deixa para dar as caras também. “Como Java está florescendo, é possível que isso seja um gatilho para Sumatra florescer também”, afirmou o biólogo Gregory Mueller ao jornal local, na mesma manhã. “Se Sumatra florescer hoje, há boas chances de que as duas plantas tenham se comunicado.”

Não deu outra: Sumatra (com “apenas” 1,79 m) se abriu menos de 48 horas depois, na manhã de quinta-feira (1º). Botânicos da instituição aproveitaram o fenômeno raro e sincronizado para coletar amostras de pólen – que serão usadas para cultivar a gigante em outros países.

Eles também levantaram uma hipótese um pouco mais cômica – a de que ambas fedem com a mesma intensidade, mas que seus aromas são diferentes e servem de impressão digital. “Java cheira como um mercado de peixe aberto. Sumatra é como dirigir atrás de um caminhão de lixo em uma via expressa”, afirmou Pati Vitt, PhD em botânica que acompanha de perto o desenvolvimento das plantas vizinhas.

Ambas já estão praticamente fechadas: o auge de seu florescimento dura apenas um longo e fétido dia. Que sorte pena.

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