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Identificada no México barra de ouro feita na civilização asteca

Cientistas acabam de confirmar a autenticidade da peça, que pertencia ao tesouro do imperador Montezuma e foi roubada há 500 anos.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 14 jan 2020, 20h04 - Publicado em 14 jan 2020, 19h57
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  • Em 1981, um pedreiro mexicano resgatou da terra um objeto curioso. Durante escavações para uma nova construção no charmoso parque Alameda Central, que fica no coração da Cidade do México, o trabalhador encontrou uma pequena barra de ouro de quase dois quilos e aspecto envelhecido pelo tempo. Por 39 anos, ninguém soube decifrar a história daquela peça enigmática. Mas um estudo recente afirma ter solucionado o mistério.

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    Após conduzir análises de raios X, o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México concluiu que o artefato fazia parte do tesouro de Montezuma, o último imperador asteca. O governante reinou de 1502 a 1520 até ser deposto e executado pelos espanhóis. Ficou comprovado que a barra era de propriedade do palácio de Tenochtitlán, antiga capital dos astecas, porque sua composição era a mesma que a de outras peças do período. Você pode ver a tal barra na foto abaixo.

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    (Cortesia do Instituto Nacional de Antropologia e História do México/ Arquivo digital MNA-INAH-CANNON/Reprodução)

    Mais do que isso, a pesquisa traçou todo o contexto histórico por trás do objeto precioso e explicou como ele foi parar na Alameda Central: estava incluso em um dos saques mais icônicos que os conquistadores espanhóis infligiram à poderosa civilização mesoamericana. Na chamada “Noite Triste”, que ocorreu em 30 de junho de 1520 e está fazendo 500 anos, os invasores europeus bateram em retirada. Não sem antes saquear tudo o que podiam.

    Naquela fatídica noite, os astecas ficaram furiosos após terem presenciado o assassinato de boa parte da elite de nobres e sacerdotes de sua sociedade. Foi a gota d’água para pegarem em armas e expulsarem os espanhóis, que ainda não haviam trazido grande quantidade de tropas, da capital Tenochtitlán — atual Cidade do México. Eles tinham chegado ali no ano anterior, 1519, e foram recebidos com um pé atrás pelo imperador Montezuma.

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    Ainda assim, o conquistador Hernán Cortés e seus homens puderam ficar como convidados no palácio real. A relação começou a azedar quando os europeus resolveram se apropriar do tesouro e manter o governante asteca virtualmente como um refém em sua própria residência. Por motivos óbvios, os hóspedes viraram personae non gratae. Mas o que fez a situação sair do controle em 1520 foi o envio de tropas do governador espanhol em Cuba.

    Cortés iniciou sua campanha militar no México sem qualquer autorização das autoridades espanholas, e por isso o recém-criado governo colonial da ilha caribenha mobilizou esforços para detê-lo. Cortés reuniu alguns de seus homens e deixou a capital para enfrentar as forças cubanas. Ele não só as derrotou, como conseguiu agregar alguns dos soldados ao próprio exército. Neste meio-tempo, deixou o tenente Pedro de Alvarado em Tenochtitlán.

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    Alvarado se viu em uma posição delicada e enfraquecida. Temendo um ataque, ordenou o massacre da nobreza e dos sacerdotes locais, mandou seus encarregados catarem todas as riquezas que vissem na frente e recuarem — a pressa na fuga fez com que a barrinha caísse e afundasse num dos canais da época. A retirada, é claro, foi apenas temporária. No ano seguinte, 1521, os espanhóis voltaram com força total e tomaram de vez Tenochtitlán.

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