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Pela primeira vez, Nasa vai medir risco de radiação para mulheres astronautas

Dois manequins viajarão até a órbita lunar na missão Artemis 1, antes do envio da primeira astronauta à Lua, previsto para 2024.

Por Luisa Costa
Atualizado em 1 ago 2022, 18h45 - Publicado em 4 Maio 2022, 17h19
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  • Dois manequins femininos na nave espacial Orion.
     (NASA/Lockheed Martin/DLR/Reprodução)

    Ainda neste ano, Helga e Zohar serão enviadas para a Lua na primeira missão do Programa Artemis, da Nasa, que levará a primeira astronauta ao satélite em 2024. Mas elas não são astronautas de fato – nem humanas.

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    Helga e Zohar são manequins. E o lançamento faz parte de um experimento que medirá os riscos de radiação espacial antes das missões tripuladas do Programa Artemis. É a primeira vez que a Nasa faz esse tipo de teste usando como base bonecos que emulam as características físicas de um corpo adulto de mulher.

    No espaço, há radiação para todo lado. Nos arredores da Terra, por exemplo, há partículas ionizadas (carregadas eletricamente) vindas de erupções solares, além de raios cósmicos que se originam dentro ou fora do Sistema Solar. Existe até a chamada “radiação cósmica de fundo”: micro-ondas que preenchem o Universo e são resquício do Big Bang (por aqui, elas produzem ruídos nos nossos aparelhos elétricos).

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    O campo magnético e a atmosfera da Terra nos protegem da maior parte da radiação vinda do espaço, mas os astronautas não contam com este escudo quando viajam a trabalho. A radiação na Lua, por exemplo (que é até três vezes mais alta do que na Estação Espacial Internacional), é de duzentas a mil vezes maior do que na Terra. Nesse ambiente hostil, os astronautas se tornam mais suscetíveis ao câncer ou a doenças neurodegenerativas. 

    Por isso, cientistas tentam entender os riscos oferecidos pelas missões espaciais – e desenvolver maneiras de diminuí-los. Isso acontece desde que o Programa Apollo, da Nasa, levou homens à Lua entre as décadas de 1960 e 1970. 

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    Mas, desde então, a maioria dos astronautas que viajaram ao espaço foram homens. E, mesmo que um monte de experimentos sejam conduzidos na Estação Espacial (ISS, na sigla em inglês), falta entender melhor o que acontece no corpo de astronautas para além da órbita baixa da Terra (faixa a até 2 mil quilômetros do planeta; a ISS, que está a 400 quilômetros daqui, fica na órbita baixa).

    O teste tem o objetivo também de preencher uma lacuna de gênero. Astronautas mulheres são bem menos representadas em experimentos, embora órgãos como mamas e ovários sejam provavelmente mais sensíveis à radiação. Eis o objetivo de Helga e Zohar.

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    Como o experimento vai funcionar?

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    Os manequins têm 95 centímetros de altura e 36 quilos. “Ambos são feitos de materiais que imitam os ossos humanos, tecidos moles e órgãos de uma mulher adulta”, explica Thomas Berger, Centro Aeroespacial Alemão, que lidera o experimento.

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    Foto das manequins Helga e Zohar.
    (DLR/Reprodução)

    As astronautas fake têm uma série de sensores de radiação integrados nas 38 fatias que as compõem. Helga voará desprotegida na espaçonave Orion para a Lua, enquanto Zohar usará um colete de proteção contra radiação recém-desenvolvido chamado AstroRad. Assim, a comparação dos dois conjuntos de dados permitirá avaliar o funcionamento da proteção.

    Helga e Zohar serão acompanhadas por um terceiro manequim, que coletará dados sobre acelerações e vibrações de voo durante a missão Artemis. O voo, ainda sem data exata de lançamento, durará entre 26 e 42 dias. A espaçonave vai orbitar a Lua e retornar à Terra.

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