Menino de 12 anos descobre esqueleto de dinossauro no Canadá
Paleontólogos já encontraram mais de 30 ossos de um hadrossauro graças à pista do pequeno Nathan Hrushkin, que agora quer seguir carreira na área.
Em julho deste ano, o canadense Nathan Hrushkin, de 12 anos, descobriu o esqueleto de um dinossauro que viveu há 69 milhões de anos. A criança passeava com o pai em uma região rica em fósseis na província de Alberta, no oeste do Canadá, quando viu um osso despontar do solo. Ele informou as autoridades.
Nesta quinta (15), paleontólogos do Museu Royal Thyrell, na cidade de Drumheller, confirmaram a escavação de mais de 30 fragmentos fossilizados no local. Eles estabeleceram que o conjunto pertenceu a um jovem hadrossauro, que morreu com três ou quatro anos de idade. Os hadrossauros eram répteis herbívoros e semi-bípedes – ou seja, que podiam ou não usar as patas dianteiras para locomoção conforme a necessidade.
Mediam de 8 a 10 metros de comprimento, habitavam a América do Norte e estão entre os últimos representantes dos dinossauros: há 65 milhões de anos, a queda de um meteoro no atual território de Yucatán, no México, extinguiu a maior parte das espécies existentes na época.
A área em que foi feita a descoberta, protegida pela Nature Conservancy do Canadá, tem um cânion – isto é, uma vala profunda que é formada ao longo de milhões de anos pelo atrito da água de um rio com o leito. A formação dessas ravinas expõe várias camadas de rocha sedimentar mais antiga, que estavam originalmente enterradas.
Rochas sedimentares se formam ao longo das eras geológicas pelo lento acúmulo e posterior compactação de areia, pedrinhas e outros minúsculos fragmentos. Quando o cadáver de um animal fica preso nessa mistura, torna-se possível (embora rara) a formação de um fossíl.
É difícil evitar a decomposição de tecidos moles, motivo pelo qual não se ouve falar com frequência em um fígado ou em rins preservados. Mas os ossos, cobertos por sedimento, podem passar por um processo chamado permineralização, em que minerais diluídos na água se acumulam no tecido ósseo e eventualmente o substituem.
Ou seja: quando você vê um fóssil, você não vê os ossos do animal, e sim minerais que foram moldadas com as dimensões exatas desses ossos – porque se formaram no espaço que o esqueleto do animal costumava ocupar debaixo da terra.
O hadrossauro em questão pode ficar feliz: o jovem Nathan já comentou que essa é sua nova espécie favorita, suplantando o clássico T-Rex, que é clichê no imaginário da maioria das crianças. Viva os dinos hipster canadenses. O garoto, que já começou com um currículo invejável, afirmou que quer fazer carreira na área.