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Morcegos usam as mesmas técnicas de cantores de death metal para vocalizar

Um estudo analisou a estrutura da laringe dos morcegos para descobrir como eles produziam os rosnados.

Por Leo Caparroz
2 dez 2022, 12h53
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  • Pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca investigaram as técnicas de emissão de ruído de uma pequena espécie de morcego (Myotis daubentonii) encontrado na Europa e na Ásia.

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    Morcegos são conhecidos pela sua ecolocalização: eles usam o som para navegar pelos arredores, localizar suas presas e se comunicar socialmente.

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    Esses mamíferos têm, segundo os pesquisadores, o alcance vocal de sete oitavas. Isso significa que eles podem reproduzir sons em muito mais frequências do que os humanos e a maioria dos mamíferos, que têm um alcance de três a quatro. Os morcegos usam sons extremamente agudos na sua ecolocalização, mas preferem rosnados graves para se comunicarem uns com os outros.

    Para entender exatamente como o Myotis daubentonii, tira maior proveito da sua capacidade vocal, a equipe de pesquisa extraiu as laringes de cinco morcegos sacrificados e filmou os órgãos enquanto aplicava ar para imitar a respiração natural.

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    “Identificamos pela primeira vez quais estruturas físicas dentro da laringe oscilam para fazer suas diferentes vocalizações”, diz Coen Elemans, principal autor do estudo. “Por exemplo, os morcegos podem emitir sons de baixa frequência, usando suas chamadas ‘pregas vocais falsas’ – como os cantores de death metal fazem.”

    As pregas ventriculares, ou pregas vocais falsas, estão localizadas no topo das cordas vocais verdadeiras. Antes, acreditava-se que essas dobras não desempenhavam nenhum papel na fala humana normal. Contudo, estudos revelaram que elas são cruciais para algumas formas únicas de vocalização, como a voz “rosnada” característica dos vocalistas de metal pesado.

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    As dobras provavelmente também são a fonte dos rosnados de baixa frequência dos morcegos, descobriram os pesquisadores. “Nos aventuramos a especular que, em morcegos, as pregas ventriculares assumiram o papel de vibrações de frequência mais baixa”, escrevem em seu artigo.

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