Nasa vai fazer um carro para a missão Artemis
Três empresas foram escolhidas para tocar o projeto de um carro lunar – que também vai funcionar remotamente quando os astronautas forem embora.
Depois da bem sucedida missão não-tripulada Artemis I, no fim de 2022, a Nasa está organizando os preparativos para seu retorno à Lua. No ano passado, ela anunciou a tripulação da Artemis II. A parte dois do projeto é um teste de voo; os quatro astronautas vão sobrevoar a Lua pela sua órbita, sem pousar, para avaliar os sistemas da espaçonave Órion.
Prevista agora para setembro de 2025, a Artemis II é o passo intermediário para a Artemis III, prevista para 2026. A última fase do projeto Artemis vai finalmente mandar humanos à superfície da Lua, depois de mais de 50 anos da última missão Apollo.
A Nasa já está avaliando equipamentos possíveis para futuros pousos na Lua. Entre eles, um carro lunar. Três empresas, Intuitive Machines, Lunar Outpost e Venturi Astrolab, foram selecionadas para desenvolver o veículo lunar para as explorações da Artemis.
O trio vai desenvolver as ideias de suas equipes para um Veículo Terrestre Lunar (LTV, na sigla em inglês) para ajudar os astronautas a explorar a região do polo sul da Lua – onde acredita-se que exista água congelada. Os veículos precisam acomodar dois astronautas com seus trajes espaciais e aguentar as condições extremas do satélite.
Além disso, o carro também tem que ser um carrinho de controle remoto. O LTV planejado deve ter recursos de operação remota para que a Nasa possa continuar a conduzir testes e explorar mesmo quando os astronautas não estiverem na Lua, a fim de “possibilitar a ciência e a descoberta na Lua durante todo o ano”.
Quando os sistemas estiverem aprovados, a Nasa vai solicitar uma “missão de demonstração” para que o desenvolvimento do LTV continue. Com isso, ela planeja entregar o carro à superfície lunar, onde passará por testes de desempenho e validações de segurança, antes de fazer sua primeira viagem oficial na missão Artemis V – que seria o terceiro pouso tripulado na Lua.
“Usaremos o LTV para viajar para locais que de outra forma não conseguiríamos chegar a pé, aumentando nossa capacidade de explorar e fazer novas descobertas científicas”, disse Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração da Missão de Desenvolvimento de Sistemas de Exploração.
O objetivo do programa Artemis é, além de descobertas científicas, evolução tecnológica, criar uma presença sustentável na Lua. A ideia é que o satélite sirva de um “pit-stop” para futuras missões humanas e tripuladas a Marte.