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Natureza , estranhos amigos

Alguns animais e plantas que nos ensinam porque é mais lucrativo conservar e estudar a natureza do que desmatar, queimar e extinguir.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h33 - Publicado em 30 nov 2001, 22h00

Armadeira

Esta aranha da Floresta Amazônica é uma das muitas espécies venenosas que vêm sendo estudadas. Segundo os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, o veneno da armadeira (Phoneutria nigriventer) é a matéria-prima para a produção de um analgésico poderoso e que, quando tiver sido transformado em medicamento, será mais valioso que o ouro. Um só grama poderá ser exportado por até 4 000 dólares. E pensar que essa espécie poderia ter sido extinta com as queimadas

 

Dourado

Desde o início da década de 90, quando a transparência das águas dos rios Formoso e Prata foi descoberta, o ecoturismo passou a ser a principal fonte de sustento da cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Em 2000, uma pesquisa de opinião revelou que quase 70% dos 60 000 visitantes que a cidade recebeu naquele ano foram atraídos pela possibilidade de nadar ao lado dos peixes da região, como o dourado (Salminus maxillosus), o curimbatá (Prochilodus lineatus) e a piraputanga (Brycon microlepis).

 

Pequi

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Ingrediente indispensável da culinária goiana, o pequi (Caryocar brasiliense) pode ser servido com arroz, frango ou em forma de licor. Rico em calorias, proteínas, vitaminas A e E, ele combate a desnutrição em áreas pobres do Centro-Oeste e do Nordeste. Transformado em xarope, o óleo de castanha de pequi ajuda a tratar bronquite e asma.

 

Jacaré

O jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare) tem múltiplas utilidades. A pele é usada para fazer bolsas e sapatos, as glândulas têm substâncias usadas em fixadores de perfumes e a gordura faz parte da formulação de remédios para asma e bronquite. A criação comercial de jacarés está permitida desde 1990. A medida reduziu drasticamente a caça predatória ao réptil, que voltou a ser encontrado em grandes quantidades no Pantanal.

 

Fruta-de-lobo

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A lobeira (Solanum lycocarpum) é um arbusto de até 3 metros de altura, muito comum no Cerrado brasileiro. Além de ser o alimento favorito do lobo-guará – daí o apelido -, está sendo pesquisada pela Universidade Federal de Goiás por causa de suas propriedades terapêuticas. A fruta contém alcalóides que combatem problemas pulmonares causados por fungos. Além disso, é usada pelos nativos para tratar diabetes, gastrite, úlcera e ansiedade.

 

Andiroba

A andiroba (Carapa guianensis) começou a ficar conhecida quando a Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, descobriu que o óleo dessa planta amazônica espantava os mosquitos transmissores da dengue e da malária. As sementes da andiroba também são usadas comercialmente em xampus e sabonetes, graças à sua ação antiinflamatória, capaz de operar maravilhas em peles cobertas de espinhas.

 

Tartaruga-marinha

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Graças aos ecologistas, a principal utilidade econômica da tartaruga-marinha (Caretta caretta) já não é a extração de sua carne e ovos, que quase provocaram sua extinção. Hoje, a venda de camisetas e a cobrança de entrada nos núcleos do Projeto Tamar, como a Praia do Forte, ajudam a sustentar as famílias dos pescadores que colaboram para a conservação da espécie, além de trazer turistas para as praias visitadas.

 

Cascavel

A picada da cascavel (Crotalus durissus terrificus) é muito dolorida, mas seu veneno pode ser transformado em analgésico, capaz de aliviar a dor causada por tumores e processos inflamatórios. No entanto, ela não é a única serpente a atrair a atenção dos cientistas. O Instituto Butantan acaba de desenvolver um remédio contra a hipertensão arterial, o Evasins, que é produzido a partir do veneno da jararaca (Bothrops jararaca).

 

Camu-camu

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O gosto azedo do camu-camu (Myrciaria dubia) nunca fez muito sucesso. Mas foi só descobrirem que a fruta concentra 70 vezes mais vitamina C que a laranja para ela atrair a atenção de cientistas e consumidores. São 3 miligramas de vitamina para cada 100 gramas de fruta. Além disso, é rico em flavonóides, substâncias que ajudam a evitar o câncer. Por isso, o camu-camu já está sendo chamado de elixir da Floresta Amazônica.

 

Conus regius

O Conus regius é muito coletado na costa brasileira para ser vendido como objeto de decoração. Se você topar com um deles, cuidado. Quando incomodado, o molusco pode liberar um coquetel de neurotoxinas capaz de matar um ser humano. A composição do veneno do bicho está sendo estudada no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Acredita-se que ele contenha substâncias úteis no tratamento da dor, do Mal de Alzheimer e da esquizofrenia.

 

Capivara

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Nas décadas de 60 e 70, a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) foi intensamente caçada no Pantanal. Hoje, ela é criada em fazendas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sempre com autorização do Ibama. Além da carne, muito saborosa, a pele desse roedor é elástica, resistente e suave, perfeita para a fabricação de luvas e bolsas. Estima-se que cerca de 400 000 capivaras vivam livremente no Pantanal. E a caça continua proibida por lei…

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