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No máximo 7% do nosso DNA é exclusivo dos humanos modernos, diz estudo

Pesquisadores analisaram genomas humanos modernos em comparação a genomas de hominídeos e descobriram que uma fração de 1,5% a 7% de nosso DNA é única.

Por Luisa Costa
Atualizado em 13 mar 2024, 16h36 - Publicado em 20 jul 2021, 18h56

Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia indicou que no máximo 7% do nosso DNA é exclusivamente humano. Os cientistas investigaram o genoma de humanos modernos e de hominídeos (indivíduos de espécies primitivas) por meio de uma nova ferramenta de análise desenvolvida pela equipe.

“A árvore genealógica evolucionária mostra que existem regiões do nosso genoma que nos tornam unicamente humanos”, disse Richard Green, co-autor do estudo publicado na revista Science Advances. “Agora temos um catálogo desses genes, e é uma fração surpreendentemente pequena do genoma.”

Os cientistas já sabiam que os hominídeos interagiam e cruzavam entre si, e já identificaram genes humanos que resultaram de encontros entre espécies. Mas, segundo Green, esse é o primeiro estudo a identificar quais regiões do genoma humano moderno são únicas, desprovidas de mistura.

Para identificar o quê do nosso emaranhado de genes é exclusivo do humano moderno e o quê é compartilhado com nossos parentes ancestrais, os pesquisadores compararam genomas de 279 humanos modernos com genomas antigos de um Denisovano e dois Neandertais.

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Para realizar a análise e determinar como os genomas desses indivíduos se relacionam entre si, eles criaram um algoritmo chamado SARGE – Speedy Ancestral Recombination Graph Estimator (“estimador gráfico de recombinação ancestral”).

A partir do algoritmo, os pesquisadores puderam mapear como os genes se entrelaçaram no tempo e entre as espécies, usando os chamados gráficos de recombinação ancestral.

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Assim, a equipe descobriu que uma fração que pode variar entre 1,5% e 7% do genoma humano moderno é única – um intervalo que os cientistas esperam tornar mais específico a partir de mais genomas e mais pesquisas.

Eles também perceberam que essas regiões de nosso genoma eram “incrivelmente enriquecidas para genes que têm a ver com o desenvolvimento neural”, disse Green ao site Business Insider. A maioria desses genes exclusivamente humanos teria surgido durante “explosões de mudanças adaptativas” – que seriam como picos de evolução – há 600 mil anos.

A pesquisa não pôde decifrar por que essas explosões de mudanças adaptativas aconteceram naquele momento, mas Green afirma: “É extremamente tentador especular que uma ou mais dessas explosões tiveram algo a ver com o comportamento incrivelmente social que os humanos têm – mediado em grande parte por nosso controle especializado da fala e da linguagem”.

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