Ele não tem dentes. Sua boca é um tubo de osso onde praticamente só cabe a sua língua. Esse apêndice, por sua vez, é coberto por uma saliva pegajosa na qual ficam grudadas 30 000 formigas e cupins todos os dias. O suficiente para um almoço e um jantar. Bastaria isso para fazer do tamanduá-bandeira um bicho fora do normal, mas a zoóloga americana Virginia Naples descobriu uma esquisitice a mais. Ela verificou que a mandíbula do tamanduá pode girar, deixando o tubo da boca mais largo na hora de comer. É para a língua passar mais rapidamente pelo orifício. “Nenhum outro mamífero modificou tanto a sua boca ao longo da evolução”, disse Naples à SUPER.